O governo federal, o setor produtivo e a indústria firmaram um compromisso para monitorar os preços e o abastecimento do arroz branco longo tipo 1 nas regiões metropolitanas do país. A ideia é garantir que o produto chegue a custos acessíveis aos consumidores de todo o Brasil diante da situação de oferta e demanda ajustada e evitar sobressaltos nas gôndolas dos supermercados, principalmente à população mais pobre.
Em contrapartida, não haverá novos leilões para compra pública de arroz importado enquanto o cenário for de normalidade e se a atuação conjunta de governo e iniciativa privada surtir efeito. O governo, porém, mantém a possibilidade no radar já que a medida provisória que autoriza o pregão foi prorrogada até setembro.
O entendimento foi selado em reunião de duas horas na noite desta quarta-feira (3/7) em Brasília com a presença dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e de representantes da Câmara Setorial do Arroz, da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) e da Associação Indústria Brasileira do Arroz (Abiarroz).
Um grupo de trabalho para o monitoramento do mercado será formado e coordenado pela Câmara Setorial do Arroz, fórum que congrega representantes de toda a cadeia, com reuniões periódicas. A Conab fará levantamentos de preços nas praças. Uma minuta de “protocolo de compromisso e responsabilidade” foi formulada, mas ainda não foi assinada entre o órgão e os ministérios.
Um dos compromissos assumidos pelo setor privado é garantir o abastecimento regular de arroz em todas as regiões metropolitanas, a preços justos e acessíveis.
Por parte dos produtores, haverá um estímulo e conscientização para manter a indústria abastecida constantemente. Isso significa fechar negócios continuamente, sem carregar estoques durante prazos mais longos à espera de alta na cotação, de forma a evitar oferta apertada e descolamentos de preços no varejo.
Já as empresas vão se comprometer a manter estoques estratégicos do produto nos centros consumidores, realizar operações de remoção e promoção do arroz para evitar a especulação de preços bem como buscar meios logísticos para otimizar a distribuição do cereal.
As informações são da revista Globo Rural