O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, entregou nesta quinta-feira (09/01), ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, um ofício solicitando atenção do Governo Federal para os efeitos da estiagem, que já apresenta sinais preocupantes em algumas regiões do Estado.
O documento, assinado pelo titular da SDR e pelo presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, destaca a necessidade de atenção urgente para a estiagem que deve afetar o Rio Grande do Sul em 2025. O secretário reforça a importância de medidas de apoio direto do MDA e da articulação com outros órgãos federais, buscando minimizar os impactos da seca sobre a agricultura familiar, especialmente nas regiões mais vulneráveis.
Com o histórico recente de enchentes e duas estiagens consecutivas, Covatti esclareceu que a intenção com a entrega do documento foi aproveitar a vinda do ministro ao RS para emitir um alerta da situação ainda em seu início.
- Não seria justo que o ministro viesse ao Rio Grande do Sul sem saber, durante a sua estada, do que está acontecendo, novamente, aqui. Estamos diante de um cenário que exige atenção redobrada e ações imediatas. A estiagem é uma ameaça constante para a produção rural no Rio Grande do Sul. Por isso, reforçamos ao governo federal a importância da união de esforços para enfrentar esse desafio ÂÂ destacou Covatti.
Agenda com governador em exercício
Covatti acompanhou, nesta quinta-feira (09/01), uma série de agendas que o titular do MDA realizou no Estado. Pela manhã, Paulo Teixeira e diversos representantes do governo federal realizaram uma coletiva de imprensa para apresentar um balanço das ações emergenciais para a agricultura familiar apresentadas ao RS.
Na sequência, Teixeira foi recebido pelo governador em exercício, Gabriel Souza, no Palácio Piratini. A reunião discutiu a situação de 18 famílias do assentamento Integração Gaúcha, em Eldorado do Sul, que pedem transferência após serem afetadas por inundações, incluindo as enchentes de maio de 2024.
Durante o encontro, Gabriel entregou um ofício propondo a realocação das famílias para uma área pertencente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), próxima ao assentamento atual. Em contrapartida, o Estado cederia uma área em Santana do Livramento. A proposta, segundo o governador em exercício, busca garantir que as famílias permaneçam na região, onde já atuam na produção e comercialização de alimentos.