A falta de chuvas no Rio Grande do Sul preocupa produtores rurais. Embora seja cedo para se falar em perdas consolidadas, as lavouras de soja já sentem os efeitos da falta de umidade no solo e das altas temperaturas. Em Santa Rosa, por exemplo, foram apenas quatro dias em todo o mês de dezembro com chuvas acima de 10 milímetros. Em janeiro ainda não choveu.
A meteorologista Estael Sias, da MetSul, explica que, de forma geral, a chuva apresentou uma diminuição a partir de dezembro no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões oeste e noroeste.
“O que regula a chuva no Brasil é o canal primário de umidade da Amazônia. Então, para onde está indo a umidade da Amazônia, a qualidade da chuva é melhor, chove mais, de forma consistente, abrangente, por dias seguidos, e que é a chuva que a agricultura precisa. Mas ele não chega com força suficiente para trazer chuva para os Estados do Sul do Brasil”, detalha.
A meteorologista avalia que, a partir dos últimos dez dias de janeiro, a chuva deve retornar ao Sul do Brasil, mas com características de pancadas rápidas e de curta duração, seguidas por períodos de tempo firme.
"Esse tipo de chuva vai ajudar a aliviar um pouco o cenário", diz ela, destacando que fevereiro e março devem seguir o padrão de irregularidade, com chuvas intercaladas por longos períodos secos.