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com ELISIANE LUDWIG

Agricultura

Três de Maio deve decretar na próxima semana situação de emergência em razão da estiagem

Três de Maio deve decretar na próxima semana situação de emergência em razão da estiagem
Cintia Klatt - Assessoria de Comunicação Prefeitura Municipal de Três de Maio
  • 06/11/2020 - 20:58

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (06/11) com o prefeito em exercício de Três de Maio, Ivo Novotny (MDB), que reassumiu o Executivo ontem em razão da segunda etapa das férias do titular Altair Copatti, para tratar de medidas para auxiliar os agricultores atingidos pela estiagem. A última chuva consistente registrada no Estado foi em 20 de outubro.

Segundo a presidente da entidade, Anísia Trevisan, o prefeito em exercício deverá decretar situação de emergência na próxima semana por conta dos prejuízos econômicos causados nas lavouras de milho, na produção leiteira e demais atividades rurais. Os agricultores vão ajudar a Defesa Civil a fazer o levantamento dos danos já consolidados.

Conforme ela, os produtores de leite também querem a autorização ambiental para permitir que o gado tenha acesso a rios e córregos para beber água. Já em relação ao milho, está praticamente comprometido, os agricultores querem a elaboração dos peritos responsáveis dos laudo técnicos do Seguro Agrícola para destinar aquilo que ainda é aproveitável das plantas para a alimentação dos rebanhos.

Anísia disse que o sindicato também em busca de feno em outras regiões do estado e do país para abastecer as propriedades locais.

O plantio de soja também já está sendo atingido. Segundo a Emater local, apenas dois por cento da área estimada de 20,2 mil hectares foi semeada até o momento, quando o normal será em torno de 60% se levado em consideração a média dos últimos anos.

Estael Sias, meteorologista da MetSul, ressalta que a estiagem está apenas no início e que a falta de umidade no solo começou mais cedo em 2020. No ano passado, como outubro foi mais chuvoso, neste período a terra estava preparada para a semeadura.

- Neste ano a chuva reduziu ainda em outubro, sem umidade especialmente para fazer o plantio. E os prognósticos não indicam chuva suficiente nas próximas semanas para reverter esse quadro - avisa Estael.

O produtor que conseguir aproveitar as precipitações esparsas na semana que vem ainda terá que lidar com o déficit hídrico logo adiante, com impactos no desenvolvimento da soja e do milho.

Na próxima segunda-feira o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, se reúne com a Regional da Fetag em Santa Rosa para debater a situação.

Fonte: Redação