O corpo da dentista Bárbara Machado Padilha, 32 anos, que estava desaparecida desde sábado (10), foi encontrado na tarde desta quarta-feira (14). Segundo a Polícia Civil, o cadáver dela estava a 300 metros de um local onde havia sido identificada uma pegada de sapato feminino que poderia ser dela na terça-feira (13).
A Polícia Civil ainda não divulgou maiores detalhes sobre as circunstâncias da morte da dentista. Uma equipe do Instituto-Geral de Perícias (IGP) foi acionada para ir ao local. O corpo dela estava em uma área de mata fechada, onde vinham sendo realizadas buscas nos últimos dias. Perto do local, o sinal do celular dela foi rastreado em área de difícil acesso.
Nesta quarta-feira (14) as buscas pela dentista se concentraram nas margens da BR-158, nas redondezas do posto no qual ela foi vista pouco antes das 20h de sábado, até a ponte sobre o Vale do Menino Deus – uma área de mata fechada.
O trânsito no local chegou a ser interrompido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em alguns momentos, para facilitar o trabalho dos cães farejadores. Na terça-feira, havia sido encontrada a pegada compatível com o tipo de calçado que Bárbara usava quando sumiu, uma bota de bico fino.
O desaparecimento
A dentista teria saído de casa somente com dinheiro e celular, mas o aparelho está desligado. Conforme a apuração da polícia, Bárbara saiu de Tupanciretã, em um táxi executivo, e foi vista pela última vez em um posto de combustíveis no acesso a Santa Maria. A Polícia Civil divulgou na segunda-feira imagens da câmera de monitoramento do posto.
Pelas imagens é possível ver que ela desembarca de um carro, entra em uma loja de conveniência, usando máscara, sozinha e aparentemente tranquila. A dentista pagou em dinheiro por uma água mineral e um doce. Ela permaneceu no local cerca de 20 minutos e saiu do estabelecimento às 19h53min. Depois disso, não foi mais vista.
Sem motivo aparente
A polícia destaca que familiares confirmaram que Bárbara não usa drogas, não tem o costume de ingerir bebidas alcoólicas, tem estabilidade financeira, bom relacionamento com parentes, sem histórico de brigas no casamento nem antecedentes criminais ou inimigos. O marido dela apenas notou, segundo Meinerz, que nos últimos dias antes de sumir a dentista estava mais em silêncio, desmotivada. Ele teria até pensado em procurar ajuda de um psicólogo para a esposa.
A investigação descobriu que, na sexta-feira passada, ela tentou pagar por outro táxi executivo para ir até Santa Maria, mas o motorista não aceitou porque ela não quis repassar nome ou qualquer outra informação a respeito do trajeto. Meinerz diz ainda que, nos últimos dias, ela estava se informando sobre o trajeto, valores e transporte entre os dois municípios. As duas principais linhas de investigação sobre o desparecimento, divulgadas até o momento, estão ligadas a problemas psicológicos de Bárbara ou alguma eventual briga com alguém. Por enquanto, a polícia trabalha mais com a primeira possível motivação porque a dentista não teve indisposição aparente com qualquer pessoa nos últimos dias.
Postado por Paulo Marques