Embora tenha um forte candidato à compra da unidade de Santa Rosa, a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) não consegue vender a estrutura. Pela segunda vez, terminou deserta a licitação, que tinha abertura de envelopes com propostas no começo desta semana. Agora, a diretoria avaliará, em reunião que ocorre hoje ou amanhã, se ainda tenta negociar ou se entrega a filial à Justiça, para leilão. As informações são da Coluna Campo Aberto do jornal Zero Hora.
O plano previa venda de seis unidades no primeiro semestre deste ano, com objetivo de fazer caixa para pagamento de acordo. O grande entrave para que o acerto saia está no valor. A unidade foi avaliada em R$ 12,4 milhões. A grande interessada é a Cooperativa Tritícola de Santa Rosa (Cotrirosa), que desde o ano passado arrenda a estrutura da Cesa no município. O imóvel deverá ser retomado pela companhia.
O Presidente interino da Cesa, Claudio Cava Correa diz que "não é possível baixar o preço avaliado". A planta de Santa Rosa tem capacidade total de 40,5 mil toneladas. Os silos "estão cheinhos", afirma Wilkomm, reflexo da supersafra colhida no Rio Grande do Sul e da comercialização lenta do grão.
A venda de unidades faz parte de estratégia anunciada em março deste ano pela Secretaria da Agricultura. O objetivo é utilizar os recursos provenientes dos negócios para pagamento de acordo trabalhista fechado com o Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais do Estado do Rio Grande do Sul (Sagers). Na lista da primeira fase, estão seis unidades, avaliadas em R$ 54 milhões.
Dessas, até o momento, só duas foram vendidas: a de Júlio de Castilhos e a de Nova Prata, totalizando R$ 8,38 milhões. Edital para venda de Cruz Alta deve sair nesta semana.