Depois de duas semanas parados, os produtores de trigo estão aproveitando o tempo seco para reiniciar o plantio. Na média do Estado, segundo a Emater, apenas 12% da área total foi semeada, bem abaixo dos 50% registrados na média dos últimos cinco anos.
Com o atraso é muito grande, há produtores desistindo da cultura, o que pode fazer a área total recuar ainda mais do que o previsto inicialmente.
As chuvas intensas e persistentes do mês passado também causam prejuízos a soja safrinha. Quando as lavouras estavam prontas para serem colhidas, em meados de maio, começou a chover sem parar – acumulando 600 milímetros de precipitação no mês. O resultado do excesso de umidade é constatado agora: as plantas estragaram na lavoura, perdendo o valor comercial. Conforme a Emater, boa parte dos agricultores nem vão colher porque os grãos apodreceram.
Antes da chuvarada, a expectativa dos produtores era de colher em média 30 sacas por hectares – metade do rendimento da safra de ciclo normal.
Em toda a região, foram plantados cerca de 3 mil hectares de soja safrinha, logo após a colheita do milho, em janeiro. O volume representa menos de 1% da área total cultivada na região.