Em clima de otimismo e com a perspectiva de uma safra recorde, prevista em 16,8 milhões de toneladas, foi aberta a 10ª Colheita da Soja no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (24) em Tupanciretã. O evento ocorreu na Agropecuária Richter e contou com a presença do governador José Ivo Sartori e do secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo.
O governador falou que fatores como clima, pouca ocorrência de pragas na lavoura e um plantio correto contribuíram para o bom desenvolvimento da cultura. "É um atestado que o nosso produtor se profissionaliza e vem se modernizando", destacou.
Sartori lembrou que o governo é parceiro do setor agropecuário, que responde diretamente por 44% do Produto Interno Bruto do estado, ressaltando que a semente da soja dá resultado, mas que se o estado não plantar sementes de mudanças, a sociedade será penalizada. "O exemplo dos produtores que se modernizam vem servindo para o Rio Grande do Sul e vem construindo mudanças para o Estado", afirmou.
De acordo com o secretário Ernani Polo, o setor agropecuário foi o que mais avançou em um curto espaço de tempo, e destacou os esforços do governo para melhorar o escoamento da safra. Polo lembrou ainda que o trabalho integrado vem ajudando na evolução do setor, como a instituição do marco legal das florestas plantadas.
Segundo a Emater, o município de Tupanciretã é o maior produtor de soja do estado, com 146,5 mil hectares cultivados em 2016. A previsão é de colher 511 mil toneladas, com uma média de 58 sacas/ha. No entanto, nos primeiros 300 hectares colhidos no município, o resultado variou de 64 a 70 sacas/ha.
Carro-chefe da produção de grãos de verão do estado, a soja tem uma área plantada de 5,5 milhões de hectares e um valor bruto de produção estimado em R$ 18,1 bilhões.
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater, o avanço da colheita alcança 22% da área projetada, nesta semana. Poucos produtores seguem aplicando fungicida em lavouras, já que no momento se observa diminuição nos sintomas de doenças de final de ciclo. As lavouras que apresentaram acamamento devido aos fortes ventos das últimas semanas não apresentam sinais de perda na produtividade.
Com a intensificação da colheita, as produtividades alcançadas até o momento são superiores às estimativas iniciais. Segundo relatos de técnicos da região administrativa da Emater de Ijuí, não há informações de lavouras com produtividade abaixo de 60 sacas por hectare (3,6 mil quilos/ha), sendo que algumas chegam 80 sacas (4,8 mil quilos/ha).
A safra de grãos de verão no Rio Grande do Sul - soja, arroz, milho e feijão - está projetada em 30,86 milhões de toneladas em uma área plantada de 7,5 milhões de hectares. O valor bruto da produção é R$ 29 bilhões.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de soja ficará em torno de 107,61 milhões de toneladas. O Brasil é o segundo maior produtor, atrás somente dos Estados Unidos, que produz 336,62 milhões de toneladas (dados do USDA, Departamento de Agricultura Americano).