Na primeira rodada de leilões de trigo com novo valor de partida de prêmio, a procura pelo cereal animou as entidades do setor. Nesta quarta-feira, todas as 100 mil toneladas colocadas à disposição para o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) no Rio Grande do Sul foram negociadas. As informações são do jornal Zero Hora.
Atendendo parcialmente ao pedido feito por entidades do setor – que solicitavam R$ 266 por tonelada –, o governo ampliou para R$ 244 o valor de partida do prêmio – no leilão anterior, havia sido de R$ 208. Como houve disputa, a quantia acabou ficando em R$ 225,50.
No Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), 29,6 mil toneladas foram adquiridas por uma trading, das 30 mil toneladas oferecidas. Essa foi a quinta operação envolvendo o cereal e tem como objetivo mexer com mercado, que ficou muito ruim para o produtor. Com uma colheita farta e de qualidade, o agricultor viu os negócios ficarem estagnados e o preço cair para menos do mínimo, R$ 38,65.
O cálculo feito é de que o Rio Grande do Sul precisa escoar 700 mil toneladas até fevereiro, quando milho e trigo começam a ganhar preferência nas negociações. Ontem, mais dois leilões foram marcados para a quarta-feira, dia 25. Serão 72 mil toneladas para Pepro e 18 mil toneladas de PEP no RS.
Nesta primeira etapa, o governo aplicou R$ 150 milhões para operar esses mecanismos de comercialização. Um novo aporte, de mais R$ 100 milhões, será feito para que mais leilões ocorram.
Para o presidente da Acergs Vicente Barbeiro, é necessário que a Conab realize mais três ou quatro leilões nas próximas semanas. “Vamos insistir para q ue o valor do prêmio seja de R$ 266 por tonelada a partir do próximo leilão para que ele seja atrativo e possa atender quase a totalidade do preço mínimo que deve ser pago ao produtor”, diz.