A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) anunciou que as aulas estão mantidas na rede estadual, mesmo com o forte calor que atinge o Rio Grande do Sul. A Secretaria Estadual da Educação (Seduc), realizou, nesta terça-feira (25/02), uma coletiva de imprensa no Centro Administrativo de Contingência (CAC), em Porto Alegre, para tratar sobre o conteúdo da reunião realizada com o Cpers, que pediu a suspensão das aulas em razão das altas temperaturas.
Na coletiva e na reunião com o Cpers, as secretárias da Educação e de Obras Públicas, Raquel Teixeira e Izabel Matte, afirmaram que medidas preventivas foram tomadas para enfrentar a onda de calor e assegurar o bem-estar dos estudantes, professores e profissionais da educação e que, portanto, não haverá paralisação.
Raquel destacou também que, em casos excepcionais relacionados ao calor, as escolas devem informar às Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) para avaliação e possíveis decisões em comum acordo. "Superamos a covid e as enchentes fazendo as adaptações necessárias. Suspender as aulas nunca deve ser a primeira alternativa. Todo esforço deve ser feito para manter a criança na escola. Inclusive, porque para muitos dos nossos estudantes a alimentação na escola é essencial. Temos recomendado alimentação com saladas, frutas e verduras. A hidratação é fundamental. A convivência escolar também, inclusive discutindo os impactos da questão climáticas, os impactos dela e quais medidas tomar na escola", disse Raquel.
Desde o dia 21 de fevereiro, quando os alertas começaram a ser emitidos pela Defesa Civil estadual, a Seduc tem reforçado uma série de orientações às CREs. As recomendações foram distribuídas na forma de um ofício para os diretores de todas as 2.320 escolas estaduais. O documento prevê, entre outras ações:
Após a coletiva, a presidente do Cpers, Rosane Zan, afirmou que o sindicato continuará cobrando autonomia para as direções das escolas decidirem suspender as aulas caso entendam que não há condições.
— Educação não se faz em um ambiente insalubre. O calor é extremo em alguns locais. E vamos seguir cobrando a questão da infraestrutura das escolas — disse.
Segundo ela, o sindicato não entrará com ação judicial desta vez, mas a medida não está descartada em casos de novos episódios de calor extremo, como ocorreu no início do ano letivo, após uma liminar.