Após a reprodução Simulada dos Fatos, na quinta-feira, 18, do crime que chocou a comunidade de Planalto e região a Polícia segue firme na versão de homicídio doloso. Alexandra Dougokenski, 33 anos teve a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias. Ela alega que utilizou uma corda para fazer a tração do corpo do filho entre a cama e a porta da casa e, que, a partir daí, a suspeita carregou o corpo de Rafael até a residência do vizinho.
Segundo a Polícia Civil, a reconstituição do crime trouxe mais evidencias de que Alexandra teve intenção de matar Rafael. — Ela diz que usou a corda para auxiliar na ocultação. Mas se ela podia carregar o corpo, por que usou a corda para puxar? — questiona o diretor de investigações do Departamento de Homicídios, Eibert Moreira Neto.
De acordo com o Delegado Ercílio Carletti, responsável pelo caso, desde o primeiro dia a polícia tem essa posição.
– Solicitei a prisão dela, porque na hora que localizamos o corpo, percebi que se tratava de estrangulamento. Não seria plausível arrastar e ficar aquela marca no pescoço do menino. A posição da Polícia Civil é homicídio doloso desde o início e segue firme nessa posição. E vai ficar provado isso com a chegada dos Laudos necroscópico. Disse o delegado ao Portal InFoco RS.
O advogado de defesa, Jean Severo, discorda da tese da polícia e diz aguardar o resultado oficial das perícias e reforça a tese da defesa, sendo que um dos laudos comprovou a presença de medicamentos na urina do menino, corroborando com o depoimento de Alexandra, que diz ter dado calmante para o filho, e que o encontrou ele posteriormente sem vida.
Severo afirma ainda, que a polícia não apresentou laudo sustentando a tese de asfixia mecânica, inicialmente apontada pelas investigações, ele reforça que se houve asfixia, foi no transporte do corpo. Segundo o advogado, a autoridade policial não conseguiu explicar como teria ocorrido a asfixia.
ENTENDA O CASO
Na manhã do dia 15 de maio, Alexandra Dougokenski, mãe de Rafael Mateus Winques, de 11, anos, disse à polícia que o filho havia desaparecido de casa durante a madrugada. Depois de dez dias de buscas, Alexandra confessou que matou o filho. Em depoimento ela alega que deu dois comprimidos ao menino, porque ele estaria muito nervoso, mas que não pretendia matá-lo. Ao perceber que Rafael não respirava, a mulher diz que teria decidido esconder o corpo, que foi encontrado na casa ao lado da residência da família, dentro de uma caixa, com as mãos e pés amarrados e uma corda em volta do pescoço, além de ter o rosto coberto por uma sacola de pano. Alexandra Dougokenski está presa de forma temporária no Presídio Feminino de Guaíba, na Região Metropolitana.
Postado por Paulo Marques