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com PAULO MARQUES - Jornalista Reg. Prof. MTE-16408

Polícia

Policial morto em Montenegro foi atingido por tiro de espingarda que atravessou porta de casa

Policial morto em Montenegro foi atingido por tiro de espingarda que atravessou porta de casa
Lauro Alves / Agencia RBS
  • 16/07/2019 - 13:36
Ainda atordoados com a morte do escrivão Edler Gomes dos Santos e o ferimento grave em outro colega, policiais civis que atuam em Montenegro tentam descobrir o que motivou um criminoso a disparar contra agentes da lei, devidamente uniformizados.
O que já se sabe sobre o caso:
1
O alvo da busca que morreu no confronto é um conhecido abigeatário, com mais de 60 anos de idade. É proprietário rural e tem inclusive animais. A propriedade fica no distrito de Potreiro Grande, a 15 quilômetros da cidade de Montenegro.
2
O homem que era buscado não é ligado a facções criminosas urbanas. Só se envolveu com quadrilhas de ladrões de gado. Tem antecedentes criminais por esse tipo de delito.
3
O criminoso usou uma só arma para atingir os dois policiais: uma espingarda calibre 12, com dois canos. Disparou duas vezes e acertou as duas. Foi morto com tiros de pistola por um dos policiais. Na residência, foram encontradas diversas munições.
4
O homem que morreu atirou através da porta, sem mirar nos agentes. A espingarda é muito potente e, por isso, mesmo com o chumbo atravessando a madeira, o resultado foi devastador para os policiais.
5
Os quatro agentes que realizavam buscas no sítio do atirador estavam em duas viaturas caracterizadas da Polícia Civil, segundo o delegado Paulo Costa, de Montenegro, que foi ao local. Eles também usavam coletes à prova de balas, como é recomendado em operações. Foram atingidos na cabeça, área desprotegida.
Por que o criminoso disparou contra os policiais?
O delegado regional de Montenegro, Marcelo Farias, cogita que talvez o abigeatário não tenha acreditado que eram policiais que o cercavam.
— É cada vez mais comum criminosos usarem uniformes policiais, quando vão atrás de alguém para matar — ressalta o delegado.
Farias lembra que tempos atrás colegas seus foram recebidos à bala por um homem que permaneceu em silêncio durante as buscas. Ele não teria acreditado que eram agentes da lei.
Mais um caso de morte recente de policiais a ser analisado, para evitar tragédias como as que se repetiram este ano — esta é a quarta vítima em menos de três semanas, entre civis e militares.
Postado por Paulo Marques
Fonte: Ga