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Agricultura

Sindicato diz que reforma previdenciária discrimina trabalhadoras rurais

Sindicato diz que reforma previdenciária discrimina trabalhadoras rurais
  • 25/02/2019 - 23:26
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Três de Maio e São José do Inhacorá criticou a proposta de reforma da Previdência Social apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional. Anísia Trevisan afirma que é uma grande discriminação às trabalhadoras rurais, pois se aprovada, as mulheres do campo que hoje se aposentam aos 55 anos de idade passarão para 60 anos, isto é, com a mesma idade do que os homens para ter acesso ao benefício previdenciário da aposentadoria. 
Para Anísia, a exemplo das mulheres urbanas, as trabalhadoras rurais também enfrentam uma dupla jornada - em casa e na roça -, numa atividade insalubre, sem direito a férias, 13° salário, enfim, 365 dias ao ano na produção de alimentos. 
Além disso, o trabalho rural faz com que a partir dos 50 anos de idade a condição laboral fica reduzida, justamente pelo excesso de atividade física ao longo de uma vida inteira. E com a reforma previdenciária proposta serão necessários ainda mais cinco anos.
- Não temos como aceitar essa proposta. Porque a mulher rural tem que ser discriminada, sempre? – questionou Anísia.
No dia 08 de março mulheres associadas de sindicatos da região vão promover um ato na Praça da Bandeira em Santa Rosa com caminhada até o CTG Sepé Tiarajú. Antes desse evento, as trabalhadoras rurais vão participar do Encontro da Mulher Tresmaiense no dia primeiro de março no salão da comunidade de Caúna.
Pela legislação atual, é preciso comprovação de no mínimo 15 anos de atividade rural e 60 anos de idade para homens e 55 para mulheres. O texto apresentado sugere igualar a idade mínima em 60 anos para ambos os sexos e aumenta o tempo de contribuição para 20 anos. A mudança valeria tanto para quem é empregado, contribuinte individual ou avulso como para quem contribui sobre a produção.
 
Fonte: Reda