Juros no Plano Safra 24/25: veja o que mudou para o Pronaf

O Plano Safra 24/25 da Agricultura Familiar , anunciado nesta quarta-feira (03/07), reduziu os juros de dez linhas de financiamento de crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura familiar (Pronaf), que disponibilizará R$ 76 bilhões em recursos.

Entre os financiamentos que foram contemplados com juros menores, duas linhas são voltadas ao custeio da produção e oito para investimentos. Confira a seguir o que mudou e quem serão os produtores beneficiados pelos juros menores:

Pronaf Custeio

Para operações envolvendo produtos da sociobiodiversidade, como por exemplo, babaçu, jambu, castanha do Brasil e orgânicos, os juros caíram de 3% para 2%. O valor máximo de financiamento desta linha é R$ 250 mil, e os pequenos produtores rurais e as famílias cuja renda seja oriunda da atividade rural podem acessar este recurso.

Pronaf Custeio faixa I

As taxas de juros do programa caíram de 4% para 3%. Ele envolve as operações para a produção de alimentos como feijão, arroz, mandioca, leite, trigo, amendoim, tomate, cebola, inhame, cará, batata, abacaxi, banana, açaí cultivado, cacau cultivado, leite, frutas, verduras, ervas medicinais, apicultura, avicultura, aquicultura, ovinocultura, caprinocultura e exploração extrativista ecologicamente sustentável. O valor máximo de financiamento desta linha também é R$ 250 mil.

Pronaf Floresta

Essa linha de investimento financia a produção em sistemas agroflorestais, como atividades relacionadas à implantação e manejo de sistemas agroflorestais, recomposição de áreas de preservação permanente e recuperação de terrenos degradados, bem como os custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento, como aquisição de máquinas e equipamentos.

Os beneficiários deste programa devem ter renda bruta anual familiar inferior a R$ 100 mil por ano. Os valores financiados variam de 25 mil a R$ 100 mil. Houve queda da taxa de juros de 4% para 3%.

Pronaf Semiárido

Essa linha de financiamento é voltada a projetos de convivência com o semiárido, focados na sustentabilidade dos agroecossistemas. O valor máximo para o financiamento da linha é R$ 50 mil, e as taxas de juros caíram de 4% para 3%.

Pronaf Mulher

Essa é uma das principais linhas de crédito acessada pelas mulheres rurais. Está dividida em dois segmentos: uma linha para as agricultoras com renda familiar bruta anual de até R$ 500 mil, onde as taxas foram mantidas em 6%; e outra para agricultoras com renda familiar bruta anual de até R$ 100 mil, em que as taxas caíram de 4% para 3%, e com valor máximo de financiamento de R$ 50 mil.

Pronaf Jovem

As taxas de juros recuaram de 4% para 3% na linha de investimento que financia agricultores de 16 a 29 anos que realizam atividades de produção em até R$ 30 mil.

Pronaf Agroecologia

Linha de investimento que financia sistemas de produção de base agroecológica, ou em transição para sistemas de base agroecológica ou sistemas orgânicos de produção. Os valores financiados variam de R$ 250 mil a R$ 450 mil, e as taxas de juros caíram de 4% para 3%.

Pronaf Bioeconomia

As taxas de juros caíram de 4% para 3% neste programa. Destinada ao financiamento do uso de tecnologias de energia renovável em projetos de aproveitamento hidroenergético, que ajudam a recuperar a terra e melhorar a capacidade produtiva, o Pronaf Bioeconomia tem limite de R$ 250 mil em financiamento.

Pronaf Produtivo Orientado

É uma linha de crédito rural educativo, em que o suprimento de recursos é atrelado à prestação de assistência técnica, que compreende o planejamento, a orientação e a supervisão à unidade familiar de produção agrícola. Os valores financiados variam de R$ 25 mil a R$ 55 mil. E as taxas recuaram de 4% para 3%.

Pronaf Mais Alimentos

Permite ao agricultor investir na estrutura de produção e em serviços com foco no aumento de produtividade e da renda familiar. Houve redução de 5% para 2,5% para compra de máquinas de pequeno porte em sublinha dentro do Pronaf Mais Alimentos.

As seguintes atividades tiveram redução de juros de 4% para 3%: aquisição e instalação de estruturas de cultivo protegido, inclusive os equipamentos de automação para esses cultivos, construção de silos, ampliação e construção de armazéns e câmaras frias destinados à guarda de grãos, frutas, tubérculos, bulbos, hortaliças e fibras, aquisição de tanques de resfriamento de leite e ordenhadeiras, aquicultura e pesca.

As informações são da revista Globo Rural