Extensão Rural e Social celebra 69 anos no Rio Grande do Sul

Neste domingo (02/06), a Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural, a Ascar, celebra 69 anos. A instituição sempre foi braço do Estado para a construção de ações de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) e, nesse momento, continua lado a lado dos agricultores e pecuaristas familiares, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e assentados da reforma agrária, dentre outros assistidos, buscando acolher as famílias e contribuir para a retomada da produção de subsistência e comercialização.

O trabalho desenvolvido pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar nos 497 municípios do Estado, é referência para as famílias que enfrentam dificuldades no campo. Ao longo desses 69 anos constrói ações voltadas para o desenvolvimento econômico, agropecuário, social e humano, reforçando o protagonismo e a cidadania de mais de 200 mil famílias rurais.

Para a presidente da Emater/RS, Mara Saalfeld, é uma honra fazer parte desta história e desta Instituição que desenvolve não só um trabalho, mas carrega a missão de estar presente na vida das famílias que nos recebem de braços abertos. “Nossos extensionistas alcançam seu conhecimento para nossos assistidos, mas, ao mesmo tempo, emprestam o ombro amigo, são conselheiros e estão lado a lado o tempo todo das famílias. E agora, com esta calamidade, são eles que estão ajudando a salvar os assistidos, a resgatar animais, a levar alento, consolo e suprimentos. Eu me orgulho muito, ressalta a médica veterinária.

Neste momento de calamidade, a Instituição está voltada a garantir a sobrevivência e a acolhida das famílias, ao levantamento das perdas sociais, de infraestrutura e agropecuárias, e focada na execução das ações de recuperação junto às famílias, numa perspectiva socialmente justa, ambientalmente sustentável e economicamente viável, explica a assessora de Assistência Social da Emater/RS-Ascar, Elisângela Froehlich.

Atualmente, a Emater/RS-Ascar possui 1.700 extensionistas, que auxiliam diretamente as famílias no campo. Suas vivências ajudam a construir a história das comunidades e dos municípios. Este é o caso da extensionista Lúcia Souza, do Regional de Soledade, que ingressou na Ascar em 1976 e conta que na época trabalhava em uma equipe específica, dedicada a jovens rurais. Depois atuou também junto aos grupos de mulheres. "Eu tenho muito orgulho de ter feito parte do crescimento das mulheres rurais de Rio Pardo, enquanto pessoas cidadãs e produtoras rurais", diz.

As proprietárias da agroindústria Laticínios Reginato, Isamara e Isadora, contam como a Emater/RS-Ascar fez a diferença na família delas, no município de Viadutos. Quando chegaram na região, em 1987, as terras tinham poucos nutrientes e a produção era muito baixa. "Então, o pai entrou em contato com a Emater, que auxiliou na análise de solo para corrigir a acidez, na compra de calcário e na construção do silo", recordam.

Também foi com o auxílio dos extensionistas que seus pais começaram a criar vacas para a produção de leite. Depois a família investiu na construção de piso no estábulo e na compra de uma ordenhadeira. "Após um tempo, a gente resolveu construir nossa própria agroindústria. A Emater auxiliou na elaboração da planta, na obtenção da licença ambiental, na localização e na tabela nutricional. Ajudou também na criação do nosso rótulo também e na construção da loja", contam.

Já o técnico agrícola, Cláudio Tiggeman, acaba de retornar ao quadro da Emater/RS-Ascar, após 20 anos em uma empresa. Para ele, os extensionistas precisam ter um olhar mais amplo sobre a realidade do município, da região, do Estado, principalmente em momentos de calamidade, como o atual. "O nosso trabalho ficou ainda mais importante, pois estamos na frente, avaliando os danos, auxiliando os agricultores, fazendo projetos de recuperação, tentando auxiliar no que pudermos", afirma.

Por João Vicente Ribas - Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Postado por Alexandre de Souza - Rádio Colonial