A Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (Seapi) solicitou que o governo federal reveja o calendário da semeadura da soja no Rio Grande do Sul. O período de plantio para a safra 2023/2024 foi delimitado entre 1º de outubro e 8 de janeiro de 2024, conforme portaria da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em relação ao ciclo passado, a janela de semeadura foi reduzida em 40 dias, o que inviabilizaria a safrinha. As informações são do Correio do Povo.
Conforme o Mapa, o calendário de semeadura foi adotado em 21 Estados como medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário, para tentar reduzir a incidência de ferrugem asiática. A alteração levou em conta a análise de dados do Consórcio Antiferrugem, que detectou aumento nos relatos da ferrugem asiática da soja na safra 2022/23. No Rio Grande do Sul, o período de vazio sanitário vai de 3 de julho a 30 de setembro.
Para o assistente de culturas da Emater, Alencar Rugeri, se a portaria que estabeleceu o calendário da semeadura não for alterada o produtor rural precisará se ajustar e fazer um novo planejamento e arranjo de produção para a segunda safra. “Toda mudança causa desconforto, mas temos que aprender a conviver com isso e encontrar um denominador comum. Na melhor das hipóteses, o produtor vai ter que mudar a estratégia e o formato da segunda safra, talvez seja uma oportunidade para milho e sorgo”, afirmou Rugeri.
A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) enviou um documento ao Mapa também pedindo pela mudança da data de plantio da soja.