O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reconheceu em audiência na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (16/05), que não tem assegurados os cerca de R$ 400 bilhões para o Plano Safra 2023/2024. Com isso, aumenta a preocupação das entidades representativas da agropecuária gaúcha e acende o alerta de que possam ser anunciados recursos que não venham a se confirmar, causando transtornos ao planejamento dos produtores. As informações são do Correio do Povo.
O valor previsto para custeio e investimento no próximo ciclo agrícola é alinhado às previsões da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e superaria em 17% o anunciado no plano 2022/2023, que se encerra em 30 de junho.
O economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, lembra que a entidade vem fazendo alertas há tempos para a falta de recursos e o desalinhamento entre o orçamento federal e o Plano Safra, que conta com 35% de recursos orçamentários controlados (35%) e de instituições bancárias (65%). Conforme Da Luz, em março deste ano o governo já tinha empenhado entre 93% e 98% dos valores orçamentários. “O recurso disponível não dará nem para encerrar o Plano Safra atual de maneira digna”, alerta.