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com JEFERSON PERCOSKI

Saúde

Enfermeiros e técnicos protestam por piso salarial em Três de Maio

Enfermeiros e técnicos protestam por piso salarial em Três de Maio
  • 10/09/2022 - 14:34
  • Atualizado 10/09/2022 - 14:38

Profissionais de enfermagem realizam protesto neste sábado (10/09) em Três de Maio, contra a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o piso salarial da categoria. Com faixas e cartazes e vestidos de preto e usando nariz de palhaço para criticar a suspensão do piso, os enfermeiros e técnicos de enfermagem estão reunidos desde às 10h na Praça Henrique Becker Filho. O ato deve se encerrar às 15h.

Alguns profissionais utilizaram as caixas de som instaladas na praça para se manifestar. O presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde (SindiSaúde) Lino Puhl participaram do protesto. O ex-prefeito de Três de Maio e médico, Altair Copatti, compareceu ao ato e também se manifestou em favor do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem. O vereador Diogo Wolf (PT), que também é técnico de enfermagem, igualmente manifestou apoio ao movimento.

O projeto de lei que criou o piso nacional da categoria foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado e fixou em R$ 4.750 o piso nacional de enfermeiros dos setores público e privado, valor que serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).

A decisão de Barroso atende a um pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde) e é válida até que sejam analisados dados detalhados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso. Essas informações devem ser enviadas ao STF em até 60 dias.

No início da semana, o Conselhos Federal de Enfermagem (Cofen) publicou uma nota onde discordam da decisão do ministro Barroso. A entidade argumenta que "todos os estudos de impactos orçamentários foram devidamente apresentados e debatidos com todos os entes da União, Estados e Municípios, de maneira plural e transparente junto ao Congresso Nacional".

"Ou seja, a decisão do ministro atende a conveniência pura da classe empresarial, que não quer pagar valores justos aos serviços prestados pela enfermagem", diz a nota.

 

Fonte: Redação