Nas últimas semanas, os produtores de milho começaram a identificar a presença da cigarrinha do milho nas lavouras gaúchas. As folhas avermelhadas, ou com raiados finos, indicam enfezamentos causados por bactérias disseminadas pelo inseto sugador.
De acordo com o técnico em agropecuária Samuel Göttems Donatti, associado da Unitec, a cigarrinha do milho é um inseto-vetor de patógenos, que não causa danos expressivos diretamente, mas sim de forma indireta. “Os prejuízos causados pelo inseto ocorrem através da transmissão de viroses, afetando a planta no seu desenvolvimento, tamanho, tamanho de espigas e sistema radicular, levando ao secamento e até à morte”, destaca.
O profissional explica que os principais sintomas de ataque de cigarrinha do milho aparecem na fase reprodutiva das plantas, sendo comum manchas avermelhadas ou pálidas, presença de estrias nas folhas, redução de entrenós, espigamento múltiplo e redução do volume radicular.
“O controle pode ser feito na dessecação pré-plantio e pós-plantio, tanto com produtos biológicos quanto produtos químicos nos estágios iniciais da planta (V1 ou V2) e uma segunda aplicação em V3 e V4, e, se necessário, nos estágios V6 a V8 à base de inseticida, fazendo com que reduza a incidência”, afirma Samuel.
O associado da Unitec enfatiza que as lavouras acometidas pela cigarrinha do milho precisam do manejo adequado para que tenham uma boa produção e também para que não acabe inflacionando o produto no mercado e refletindo no consumidor final.
Samuel reside em Três de Maio e é acadêmico de Agronomia. Se associou recentemente na Unitec e realiza projetos de custeio, investimentos e agropecuários em toda a Região Noroeste.
Postado por Paulo Marques