O teto mínimo de renda bruta anual necessário para enquadramento dos agropecuaristas familiares nas condições exigidas pelo Banco Central (BC) para a tomada de crédito para investimento é a maior preocupação do presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, com relação ao Plano Safra 2022/2023.
De acordo com o dirigente, se o teto mínimo seguir em R$ 500 mil, como na safra passada, parte dos produtores rurais familiares não terá acesso aos juros subsidiados oferecidos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Com a elevação dos custos e a alta dos preços de comercialização, muitos produtores não se enquadram mais. Nosso pedido era a renda anual de enquadramento aumentasse para R$ 800 mil", lembra.
As informações constarão em resolução da instituição financeira, ainda não divulgada.
Em entrevista a Rádio Colonial na manhã desta quinta-feira (30/06), o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, afirmou que o Plano Safra 2022/2023 está longe de ser o ideal, principalmente para a agricultura e a pecuária familiar. "A elevação nos valores disponibilizados não é suficiente, e teremos problemas nos próximos meses. Infelizmente as taxas de juros aumentaram e a atualização nos valores de enquadramento do Pronaf não veio. Isso era fundamental para evitar que produtores tenham que migrar para o Pronamp pagando taxas ainda mais altas. Nosso setor foi duramente afetado pela estiagem e pela pandemia. Muitas famílias estão endividadas e agora terão que arcar com alta nos juros para financiar suas lavouras", criticou.