O presidente norte-americano, Joe Biden, autorizou neste sábado (12) uma nova ajuda de US$ 200 milhões em equipamento militar para a Ucrânia, quando a Rússia recrudesce os bombardeios contra áreas civis. O montante chega em um momento em que autoridades uranianas denunciam fortes bombardeios russos que ameaçam a retirada segura de civis.
Em um memorando dirigido ao secretário de Estado, Antony Blinken, Biden liberou os recursos. Eles podem ser utilizados para comprar armas, mas também equipamentos de defesa, educação militar e treinamento para ajudar a Ucrânia.
Depois dos fundos desbloqueados no fim de 2021, Washington autorizou uma ajuda sem precedentes de US$ 350 milhões em equipamento militar em 26 de fevereiro. Destes, dois terços foram entregues em 4 de março, segundo um funcionário do Pentágono. Conforme a chefe da diplomacia americana para assuntos político-militares, Jessica Lewis, o pacote se destina a proporcionar à Ucrânia as munições necessárias, mísseis antitanque Javelin e mísseis antiaéreos Stinger.
O anúncio foi feito após a ameaça russa deste sábado de atacar as remessas de armas ocidentais à Ucrânia. Em entrevista à emissora de televisão Pervy Kanal, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov, disse ter advertido os Estados Unidos que estes "comboios" estavam se tornando "alvos legítimos", citando os sistemas de defesa aérea portáteis e sistemas de mísseis antitanques.
— Nós alertamos os Estados Unidos que a entrega de armas que eles estão orquestrando de uma série de países não é apenas um ato perigoso, mas também transforma esses comboios em alvos legítimos — alertou Ryabkov mais cedo.
Nesta semana, os Estados Unidos rejeitaram uma oferta da Polônia de entregar seus caças Mig-29 ao exército americano para posterior entrega à Ucrânia, considerando que a proposta era "arriscada" e que provavelmente provocaria uma escalada russa. Já na quinta-feira (10), o congresso americano aprovou um novo orçamento federal que inclui quase 14 bilhões de dólares em fundos para a crise da Ucrânia.
Os novos recursos poderão ser utilizados para armas e artigos de defesa, bem como para a educação militar e treinamento para auxiliar a Ucrânia.
Postado por Paulo Marques