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com ALEXANDRE DE SOUZA

Esportes

Três de Maio na torcida por Pedro Burmann em Tóquio nesta sexta-feira

Três de Maio na torcida por Pedro Burmann em Tóquio nesta sexta-feira
Reprodução
  • 29/07/2021 - 21:24
  • Atualizado 29/07/2021 - 21:34

Três de Maio estará junto com Pedro Burmann quando ele entrar na pista para disputar o revezamento misto dos 4x400m nos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta sexta-feira às 8h12min (horário de Brasília).

Aos 29 anos de idade, Pedro fará a sua segunda participação em olimpíadas e estará ao lado de Tiffani Marinho, Geisa Coutinho, Tabata Vitorino, João Henrique Falcão e Anderson Henriques.

Apaixonado por esportes, Pedro Burmann começou o atletismo ainda nos tempos de escola. Nascido no Mato Grosso, Pedro se mudou para Três de Maio aos 12 anos e conheceu o esporte nas aulas de educação física na Setrem, após estudar no Cardeal Pacelli. Rapidamente percebeu que os seus resultados e desempenho nestas competições eram acima da média dos outros alunos e começou a se destacar em competições escolares.

Os bons resultados renderam um convite para conhecer a estrutura do Sogipa, em Porto Alegre. Apesar do nível de exigência ser maior, Pedro manteve o alto nível de desempenho e foi convidado a permanecer no clube da capital do Estado e passar a integrar a equipe júnior.

A partir de 2011, o foco do atleta se voltou para as provas dos 400m e do revezamento dos 400m, onde os melhores resultados começaram a sair e o destaque começou a aparecer.

Em 2013, o atleta participou do Campeonato Mundial em Moscou.

Na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2026, Pedro Burmann conseguiu ajudar o time do revezamento masculino – acompanhado de Alexander Russo, Peterson dos Santos, Hugo de Sousa-, à decisão olímpica, que acabou ficando na oitava colocação final.

Após o bom resultado olímpico, ele conseguiu poucos resultados de destaque. Apesar do longo período dos Jogos do Rio até Tóquio, o alto número de lesões e a própria pandemia do ano passado acabaram prejudicando o planejamento do atleta visando a competição japonesa.

As dificuldades no ciclo olímpico foram tantas que o seu principal resultado obtido durante todos os últimos cincos anos veio apenas há poucos meses, durante o mês de maio, quando o velocista venceu a prova do revezamento masculino do 4 x 400m do Campeonato Sul-Americano de Atletismo, realizado no Equador, quando conquistou a medalha de ouro ao lado de Bruno Lins, Lucas Carvalho, Lucas Conceição Vilar.

A vaga na prova em Tóquio veio pelo Mundial de Doha, em 2019. A equipe brasileira fechou a disputa na oitava colocação com o tempo de 3min16.22. Havia cravado 3min16.12 nas eliminatórias, recorde sul-americano. Agora no Japão não está entre os favoritos, mas tem potencial para surpreender.

A mãe de Pedro, Nair Burmann, em entrevista à Rádio Colonial FM 94,7 nesta quinta-feira (29/07) reconhece que em uma olimpíada estão somente os melhores atletas do mundo, mesmo assim acredita que a equipe brasileira tem condições de se classificar para a final. Ela contou que vai assistir à prova pela televisão em Porto Alegre, mas lembra que, assim como toda a família Burmann, reside em Três de Maio. Pedro morou na cidade durante seis anos.

- Eu perguntei para ele, se eles tinham pegado uma bateria muito difícil. Ele me disse que na olimpíada todas as baterias são difíceis - contou a mão que está muito apreensiva.

Novidade olímpica

Os Estados Unidos são os favoritos no atletismo em geral, após terem conquistado o título no Mundial de Doha em 2019. A Jamaica também deve aparecer entre as principais candidatas.

Mas há um nível de imprevisibilidade à corrida porque não há regras de gênero definindo a ordem dos atletas na corrida.

Na prova que valeu o título em Doha, por exemplo, a Polônia colocou dois homens nas duas primeiras pernas e terminou com duas mulheres, enquanto o resto das equipes colocou os homens na primeira e na quarta perna.

Isso deu à Polônia uma liderança considerável depois da segunda perna, que foi reduzida na terceira e totalmente perdida na quarta, quando o norte-americano Michael Cherry assumiu a liderança e a manteve até o fim, ajudando sua equipe a bater o recorde mundial em 3min09s34. A Jamaica ficou em segundo, e a Polônia terminou em quinto.

A imprevisibilidade sobre como as equipes escolherão posicionar seus atletas promete manter os torcedores tentando adivinhar ao longo do evento, embora a formação homem-mulher-mulher-homem seja a favorita da maioria das equipes.

Fonte: Redação