Encontrar uma forma de conter a transmissão de coronavírus sem inviabilizar o comércio e os serviços é o grande desafio dos gestores públicos neste momento. Dados das Notas Fiscais ao Consumidor eletrônicas (NFC-e), divulgados pela Secretaria Estadual da Fazenda mostram uma queda de 72% nas vendas do varejo, na segunda semana após publicação do Decreto estadual que estabeleceu medidas de distanciamento social no estado.
O governador Eduardo Leite recebeu, no fim da tarde desta terça-feira (7), a sugestão de protocolo de segurança para a retomada gradual do comércio no estado elaborado pela Fecomércio-RS, com sugestões da Assembleia Legislativa.
De acordo com o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, o objetivo foi levar ao governador as propostas do setor que é o mais prejudicado pelas medidas de distanciamento social.
O documento da Fecomércio recomenda aos empresários medidas de prevenção destinadas aos funcionários e aos clientes dentro dos estabelecimentos. São citados, por exemplo, flexibilizar local e escala de trabalho, avaliar a criação de novos turnos para reduzir contato social na empresa e de home-office em dias alternados por equipes, restringir o acesso ao público externo, estabelecer diferentes turnos de refeição e tornar mais rigorosa a limpeza e desinfecção frequente de superfícies de equipamentos e mobiliário.
Nos estabelecimentos pequenos, uma alternativa sugerida é manter apenas uma entrada para os clientes, controlada por um funcionário com máscara, individualizando o atendimento. Com fila externa, respeitar distância de dois metros entre as pessoas.
Para os estabelecimentos comerciais maiores, uma alternativa é estabelecer jornada reduzida de atendimento ao público, entrada regulada de pessoas ao interior, colocação de sinalização no chão informando a distância mínima entre clientes e avisos sonoros (informando a importância de manter o distanciamento no interior do estabelecimento).
O governador disse que compartilha a angústia da classe empresarial e explicou como o governo do Estado trabalha para ampliar o número de leitos de UTI e garantir que a quantidade de pacientes simultâneos devido ao coronavírus não supere a capacidade de atendimento do sistema de saúde.