O mundo está testemunhando um salto nos casos de sarampo. O número mundial de ocorrências da doença nos seis primeiros meses deste ano é o mais alto desde 2006. Os dados estão em relatório preliminar apresentado nesta segunda-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As informações são do portal G1. A incidência da doença triplicou em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre 5 de maio e 3 de agosto, 907 casos foram confirmados no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. A doença havia sido eliminada no Brasil em 2016. E os números só crescem com o primeiro caso de sarampo confirmado no Paraná na última semana.
O Rio Grande do Sul ainda não teve casos em 2019, mas especialistas alertam que a probabilidade do vírus chegar ao Estado é alta. O Estado não atinge a meta de vacinação da Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) desde 2014. Com a diminuição do número de pessoas vacinadas, o risco da entrada de qualquer doença, mesmo as eliminadas e controladas, é iminente. Recentemente, a Organização Pan-americana da Saúde emitiu um alerta sobre a rubéola, que a exemplo do sarampo pode retornar ao Brasil, já que as duas são preveníveis com a mesma vacina.
As notícias falsas contribuem muito para a redução na procura por vacinas. Em abril deste ano, o movimento antivacinação foi incluído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório sobre os dez maiores riscos à saúde global.
A técnica da vigilância epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Juliana Patzer, explica que o sarampo é uma doença infecciosa e contagiosa causada por vírus. Inicialmente, é comum a verificação de febre alta, acompanhada de tosse intensa, coriza e secreção pelo nariz. Pode haver conjuntivite. Posteriormente, manchas roxas aparecem na pele. Geralmente, elas iniciam na cabeça e vão descendo para as pernas.
O vírus pode se espalhar pelo ar, via tosse, espirro e secreção respiratória.
Segundo Juliana, o sarampo pode ser evitado com a aplicação de vacina. Crianças devem tomar duas doses para prevenir a doença. A primeira ao completar um ano (tríplice viral) e a segunda três meses depois (tetra viral).
É recomendável que quem não souber se fez a vacina na infância realize o procedimento, visto que não há complicações caso faça pela segunda vez: