O presidente Jair Bolsonaro disse que, em breve, vai encaminhar ao Congresso Nacional uma MP (medida provisória) para aumentar o tempo de validade da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), de cinco anos para dez anos. Em entrevista ao Programa Silvio Santos, do SBT, na noite de domingo (05), ele também defendeu o aumento no limite tolerado de pontos na carteira de motorista e a retirada de radares das rodovias federais.
“Vinte pontos se perde com muita facilidade. [O motorista] é emboscado em todo lugar”, disse. “Você não tem mais prazer em dirigir, a qualquer lugar que você vá está cheio de radar. O radar extrapolou a ideia de proteger a vida, é caça-níquel para aumentar a arrecadação. É dinheiro que tira do povo”, argumentou o presidente.
De acordo com Bolsonaro, ao assumir o governo havia cerca de oito mil pedidos para instalação de novos radares, que foram engavetados. Segundo ele, os radares instalados nas rodovias federais também serão removidos, conforme os contratos com as empresas forem expirando.
Previdência
Bolsonaro também voltou a defender a reforma da Previdência como forma de regularizar a situação financeira dos governos, que gasta mais com aposentadorias do que recebe de contribuições, e retomar investimentos em obras públicas. “A Previdência não é só para o governo federal, a maioria dos estados está em situação critica, a maior parte dos municípios está na mesma situação”, ressaltou.
O projeto foi encaminhado ao Congresso Nacional em fevereiro pelo Executivo e, para o presidente, a maioria dos parlamentares está convencida da necessidade de aprovar a reforma, “apesar dos desgastes políticos”. “Essa reforma é para ajudar os pobres. Nós queremos garantir a aposentadoria para as futuras gerações”, disse.
“Ajudar aos pobres”
Bolsonaro saiu em defesa da reforma da Previdência. Ao comentar sobre a proposta, Bolsonaro buscou destacar que os principais objetivos são “ajudar os pobres” e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário para que futuras gerações tenham suas aposentadorias garantidas. “Deixo bem claro que essa reforma é para ajudar os pobres, é exatamente o contrário do que alguns políticos de esquerda vem falando”, declarou.
Na entrevista, Bolsonaro não chegou a abordar detalhes técnicos da reforma previdenciária ou pontos considerados polêmicos, como a aposentadoria rural e o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Sobre a tramitação do texto no Congresso, o presidente disse apenas que a maioria dos parlamentares já está “convencida” da necessidade de se aprovar a reforma, embora isso possa gerar “desgaste político” a alguns setores.
Postado por Paulo Marques