O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, em 2018, haja mais de 68 mil casos de câncer de próstata. Desses, 13 mil podem resultar em óbitos. O mês de novembro é dedicado à promoção de ações de conscientização junto a população sobre o tema. O urologista, Herbert Sauer destacou, durante o Ciclo de Palestras AMRIGS, o crescimento do método da Vigilância Ativa que é o monitoramento do câncer por meio de exames e consultas para evitar ou postergar o máximo de tempo possível a cirurgia ou a radioterapia.
- Tumores identificados precocemente trazem sobrevida. Isso mostra que é importante identificar a doença em uma fase inicial. O que temos observado, nos casos menos graves, é que essa prática tem sido muito importante para evitar tratamentos pesados em pacientes de baixo risco – explicou.
O urologista, Karlo Biolo, alertou para outro tipo de doença, menos conhecida, mas que igualmente merece atenção dos homens, a hiperplasia benigna da próstata.
- É uma doença que acomete mais da metade dos homens e incide com maior frequência entre os gaúchos, mesmo não havendo ainda uma explicação específica para isso. É impactante e cerca de 10% dos casos exige um tratamento cirúrgico – explicou.
Entre os fatores de risco estão idade avançada e costumam ser mais comuns na raça negra. Obesidade e excesso de consumo de gorduras saturadas contribuem, além dos fatores de hereditariedade.
As palestras foram realizadas no Centro de Eventos AMRIGS na noite de quinta-feira (08/11).
O câncer de próstata é o segundo mais comum em homens, perdendo apenas para o câncer de pele. Entre os maiores causadores de mortalidade, o câncer de próstata é o segundo colocado, ficando atrás do câncer de pulmão.
Exames do tipo PSA (Prostate-Specific Antigens, ou antígenos específicos da próstata em português) devem ser feitos em homens com idade acima de 45 anos e o toque retal é indicado para homens acima de 50 anos.