O vereador Ernani Weimer (PT) pediu mais tempo para que a Câmara de Vereadores examine melhor o projeto de expansão urbana, adiando, portanto, sua votação. Agora, o Projeto de Lei nº 3/2018, que ordena a ocupação do entorno da rodovia municipal (prolongamento da Avenida Santa Rosa) que liga a cidade de Três de Maio à BR-472, pode levar até 10 dias a mais para voltar à pauta de votação. O objetivo, segundo o governo municipal, é definir em quais áreas poderão ser instaladas indústrias e empresas e quais áreas serão destinadas exclusivamente para ocupação residencial.
O texto prevê que a Avenida Santa Rosa seja considerada Área Mista I (Comércio e Residências), e a partir daí Área Mista II (Comércio e Empresas de Médio e Baixo Risco) até a Área Mista III (que compreende empresas e unidades industriais maiores que ficariam longe de áreas residenciais). Na sequencia, volta Área II e Área I até chegar à área residencial de Bela Vista.
O virou polêmica desde que começou a tramitar na Casa em fevereiro.. Vereadores de oposição vêm criticando a matéria por entenderem que deveria ter sido feita uma discussão mais ampla com os moradores da localidade de Bela Vista, que serão atingidos pela medida. Mas a Prefeitura de Três de Maio alega que já foi realizada audiência pública. A população está preocupada com a ampliação da área urbana porque os imóveis, que hoje são considerados rurais, passariam a ser urbanos, implicando na cobra de IPTU, entre outras mudanças.
Antes do pedido de vistas, o vereador Marcos Corso (PP), presidente da comissão criada para analisar a proposta, leu o parecer contrário à aprovação do projeto. Segundo o parlamentar, a decisão foi baseada na opinião dada por engenheiros, arquitetos, topógrafos e geólogos do município. A Associação Comercial e Industrial (ACI) também se manifestou contra o projeto. Moradores de Bela Vista foram à Câmara para acompanhar a votação, que acabou não sendo realizada.
Já o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Paulino Menegat, defende que a ampliação urbana vai permitir a instalação de novos empreendimentos industriais no município. Segundo Menegat, antes da elaboração do projeto foi realizado um estudo técnico pelos órgãos competentes do município com a aprovação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável.