O juiz Mirko Vicenzo Giannotte, da 6ª Vara da Comarca da cidade de Sinop, localizada a 480 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso, recebeu um salário bruto de R$ 503,9 mil no mês de julho. O valor é 89,5% maior do que o salário de junho, de R$ 53,4 mil.
O teto do funcionalismo público é de R$ 33,7 mil, mas na prática o valor pode ser ultrapassado com benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-moradia e diárias.
Após descontos de R$ 88,2 mil, o salário líquido do magistrado caiu para R$ 415,6 mil.
A remuneração base do magistrado foi de R$ 300,2 mil. Mas ele ainda recebeu R$ 25.779,95 em gratificações, R$ 137,5 mil em indenizações (entram nesta cota auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio pré-escolar, auxílio-moradia, entre outros), R$ 40,3 mil em vantagens eventuais (o que inclui indenização de férias, antecipação de férias, gratificação natalina, entre outros) e R$ 2.541,98 em diárias.
o governo Temer deve anunciar, nesta terça-feira (15), uma proposta que limitará o salário dos servidores públicos dos três poderes aos R$ 33,7 mil, incluindo neste valor os benefícios.
Giannotte afirmou "estar nem aí" para a polêmica.
— Eu não 'tô' nem aí. Estou dentro da lei e estava recebendo a menos. Eu cumpro a lei e quero que cumpram comigo. O valor será uma vez e meio o que eu recebi em julho. E quando isso acontecer, eu mesmo vou colocar no Facebook — declarou.