Assim como a maioria dos hospitais filantrópicos do estado, o São Vicente de Paulo de Três de Maio fecha a conta no vermelho. Segundo o diretor da instituição Paulo Élcio Callegaro, mantida pela Rede Verzeri, o déficit mensal, que é variável porque depende do comportamento das receitas e despesas, gira em torno de R$80 mil. Em entrevista para a Rádio Colonial, na manhã desta quarta-feira (21), Callegaro revelou que a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) é o setor mais oneroso para o hospital visto que trabalha sempre com sua capacidade máxima e recebe pacientes em situação crítica vindos de todas as regiões do estado, cujos tratamentos demandam cuidados especiais e medicamentos de última geração. “A UTI é regulada pela Secretaria Estadual da Saúde e sempre que um leito fica disponível um paciente é encaminhado para cá. O problema é que até hoje não veio nenhum centavo sequer do valor de R$52 mil mensais aprovado pela secretaria e publicado por meio de Resolução no Diário Oficial do Estado em agosto de 2014.”, lamenta Callegaro.
Mesmo com dificuldade para equilibrar as finanças, o Hospital São Vicente planeja oferecer novas especialidades médicas no futuro e fazer investimentos no parque tecnológico. A prioridade, de acordo com Callegaro, é a aquisição de um tomógrafo novo visto que o aparelho atual já está com muito tempo de uso. Para levantar o valor necessário para a compra do equipamento, o hospital pretende contar com o apoio do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) para incluir o projeto na lista de prioridades da Consulta Popular 2017, que neste ano deve destinar R$ 1,7 milhão para a área da Saúde na Região Fronteira Noroeste. “A tecnologia e as práticas médicas evoluem muito rápido e precisamos acompanha-las”, afirma.