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Saúde

Quem deve se vacinar contra a febre amarela? Tire suas dúvidas

Quem deve se vacinar contra a febre amarela? Tire suas dúvidas
  • 31/01/2017 - 18:42
Diante dos casos de febre amarela confirmados em Minas Gerais, a procura pela vacina contra a doença aumentou nos últimos dias em Três de Maio. O Rio Grande do Sul é considerado zona de risco, mesmo não é preciso correr até a Unidade de Saúde mais próxima a procura da vacina. Até porque ela pode causar reações, como dor e vermelhidão no local da aplicação, febre, dor muscular, mal estar e dor de cabeça por até dois dias. No entanto, também podem ocorrer reações mais graves até 21 dias após a imunização. Nestes casos, a orientação é procurar atendimento médico. 
Conforme a enfermeira Mirian Herath Rascovetzki, coordenadora da Vigilância Epidemiológica em Três de Maio, o Ministério da Saúde recomenda duas doses da vacina da febre amarela para proteger contra a doença por toda a vida. A recomendação no país já foi tomar a vacina de dez em dez anos ao longo de toda a vida, mas foi comprovado que isso é um exagero: “Com duas doses de vacina, a imunização está completa. A segunda dose deverá ser tomada depois de 10 anos. Por isso, pedimos que todas as pessoas que têm dúvidas se estão protegidas que confiram a situação em sua caderneta de vacinação”. 
Crianças de 9 meses a 4 anos completos: administrar uma dose a partir dos 9 meses e uma dose de reforço aos 4 anos, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.
O Ministério da Saúde orienta que com uma dose da vacina administrada antes dos 5 anos deve se administrar uma única dose de reforço, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Já com uma dose da vacina administrada com mais de 5 anos de idade, deve ser aplicada uma única dose de reforço, 10 anos após a administração da primeira dose. 
Já as pessoas não vacinadas ou sem comprovante de vacinação devem receber a primeira dose da vacina e uma dose de reforço 10 anos depois.
Pessoas com 60 anos e mais, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação precisam ser avaliadas por um médico, levando em conta o risco da doença e os possíveis efeitos adversos pós-vacinação nessa faixa etária.
A vacina contra a febre amarela não é indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando crianças menores de 6 meses.
Por causar reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a vacina, também, para pessoas com doenças como lúpus, câncer e HIV, devido à baixa imunidade, nem para alérgicos a gelatina e ovo. 
"Embora a vacina seja segura, e eficaz, que protege contra o vírus, não é toda isenta de riscos, como todo medicamento. Esta é uma vacina de vírus vivo atenuado e, portanto em situações muito raras pode vir a causar eventos adversos", alertou o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. 
O esquema vacinal da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é tomar uma dose e um reforço, dez anos depois da primeira. As orientações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina.
Entenda a doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por insetos), que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. No Brasil, desde 1942 só são registrados casos silvestres da doença, ou seja, cujo vírus é transmitido pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Nestas situações, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada circula em uma área silvestre e é picada por um mosquito contaminado.
No caso da febre amarela urbana, o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti ao homem, mas este tipo não é registrado no Brasil desde 1942, quando houve um caso no Acre. A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa para pessoa. É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus.
Os sintomas iniciais são febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença grave podem morrer.
 
Fonte: Reda