O senador Lasier Martins encaminhou, na manhã desta quarta-feira (21), o pedido de desfiliação do Partido Democrata Trabalhista (PDT). A saída do político da sigla ocorre por divergências de posições e pensamentos.
Martins estava ameaçado de ser expulso do PDT após contrariar a orientação partidária e votar a favor do impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff, e também por ter votado a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que estabelece um limite para os gastos públicos.
No pedido encaminhado ao presidente estadual da sigla, o deputado federal Pompeo de Mattos, o político diz ter sido 'uma grande honra' e afirma ter vivido 'momentos inesquecíveis no partido'.
O político também citou a ameaça de expulsão, que classificou como “humilhação”, como um dos motivos para a saída da legenda. Martins conta que conversou com seu padrinho político Vieira da Cunha, que tentou dissuadi-lo da desfiliação. Citou, ainda, divergências com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
“Ante a ameaça de ser expulso e a discordância com esse retardo partidário, encaminhei o pedido. Conversei com Vieira da Cunha. Ele tentou me dissuadir da desfiliação e falou com o Carlos Lupi ontem [terça-feira], que achou que eu não estava sintonizado com o partido. O Lupi é apegado à ideologia responsável por esse retardo partidário”, diz.
Sobre uma futura filiação a outro partido, o senador Lasier Martins disse que pretende tomar uma posição até o final do mês de janeiro.
Em sua conta no Twitter, o presidente estadual do PDT confirmou e lamentou a saída de Lasier Martins da legenda, publicou Pompeo de Mattos.
O pedido será apresentado também ao Tribunal Regional Eleitoral. O senador não corre o risco de perder o mandato por conta da desfiliação.