O vereador Paulo Pereira (PL) defende a proibição do plantio da espatódea (Spathodea campanulata P. Beauv.), também conhecida como tulipa-da-áfrica, em Três de Maio devido aos seus graves riscos ambientais. O parlamentar sugeriu que o governo municipal faça um levantamento sobre a presença da árvore no município tendo em vista que ela é muito utilizada no paisagismo pelas belas flores (que aparecem mais no fim do verão), e promova uma campanha de alerta a população, visando a erradicação da mesma.
As flores de espatódea contêm toxinas letais presentes no pólen, néctar ou mucilagem, que provocam a morte de diversas espécies de abelhas nativas e também prejudicam a abelha exótica Apis mellifera. Assim, comprometem a polinização de muitas espécies, afetando a biodiversidade e a até mesmo produção agrícola.
Além disso, é tóxica para algumas espécies de aves (como o beija-flor).
A espécie de árvores Espatódea é nativa da África e foi trazida ao Brasil como ornamental. Ou seja, não é nativa do país. De origem tropical, a planta gosta de sol e não se adapta muito bem ao frio. Com porte médio, pode chegar a 25 metros de altura e tem flores no período de novembro a abril. Os frutos da árvore são semelhantes às vagens e, suas flores, em formato de cálice, variam entre as cores vermelha-alaranjada e amarelo.
Segundo ela já teve o plantio proibido por lei em Santa Catarina. Municípios como Santo Ângelo e Ivoti já possuem leis próprias que proíbem a produção de mudas e o plantio da Spathodea campanulata.