O economista e ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, apresentou aos alunos da Universidade de Harvard uma medida drástica para que o Brasil possa equilibrar as contas do governo central. Segundo ele, a receita é congelar o salário-mínimo por 6 anos para melhorar as contas da Previdência Social e reduzir os gastos tributários em 2% do Produto Interno Bruto.
Fraga afirmou que o quadro de desequilíbrio tende a piorar tanto pela demografia da população, que tem ficado mais velha, quanto pelas regras atuais, que precisam ser refeitas, segundo ele. “Eu acho que precisa de uma reforma grande. Uma boa já seria, provavelmente a mais fácil, congelar o salário mínimo em termos reais. Seis anos congelados já ajudaria”, declarou o ex-presidente do BC.
O salário mínimo é utilizado como referência para o piso das aposentadorias e de outros benefícios previdenciários e sociais, como o abono salarial, o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o Bolsa Família.
O salário mínimo é utilizado como referência para o piso das aposentadorias e de outros benefícios previdenciários e sociais, como o abono salarial, o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o Bolsa Família....
Fraga argumentou que as prioridades do gasto público no Brasil estão “totalmente equivocadas”. “A soma do gasto com folha de pagamento e Previdência no Brasil atinge 80% dos gastos. Deveria ser 60% do gasto primário”, disse.
Sobre os gastos tributários, Armínio Fraga chamou atenção para o fato de que o Brasil atualmente renuncia a 7% em tributos para beneficiar setores.