O 11º Grito de Alerta, realizado na manhã desta quarta-feira (19/03), em São Luiz Gonzaga reuniu 6 mil agricultores e agricultoras, segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).
O presidente da entidade, Carlos Joel da Silva, anunciou que novas manifestações públicas serão realizadas a partir de 15 de abril, caso o governo federal não dê retorno sobre as reivindicações do setor. Entre elas, a securitização das dívidas de produtores rurais impactados por sucessivos eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul.
De acordo com o presidente da Fetag-RS, o prazo para o governo federal dar uma resposta sobre a pauta de melhorias nas políticas públicas que afetam diretamente o campo foi decidido em assembleia, realizada na praça principal de São Luiz Gonzaga, na sequência do 11º Grito de Alerta.
“A partir do dia 15 vamos retomar as mobilizações de forma mais pesada”, antecipa, pontuando que uma das reivindicações é o fortalecimento do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e a melhoria no atendimento previdenciário.
Conforme Silva, durante o 11º Grito de Alerta os participantes realizaram uma caminhada de cerca de dois quilômetros. ““Fizemos um fechamento de trevo por um período curto para não atrapalhar o direito de ir e vir das pessoas, para marcar o protesto. Depois partimos para uma caminhada de dois quilômetros onde passamos em frente a Cresol. Lá, tivemos reuniões que incluíram o Sicredi, o Banco do Brasil, o Banrisul e o INSS”, detalhou.
A diretora da Fetag, Lerida Pivoto Pavanelo, responsável pelo setor de previdência rural disse que outra preocupação é a questão previdenciária. "Os nossos agricultores estão levando cerca de seis meses pra terem direito a um auxílio doença, as perícias estão muito demoradas, nós precisamos mais do que nunca agilizar esse processo, pra que os nossos agricultores não se sintam prejudicados quando encaminham os seus benefícios. Precisamos respostas ágeis, pra que toda a agricultura familiar não se sinta prejudicada na questão previdência social”, criticou.
O coordenador da Macro Regional Missões Fronteira Noroeste, Márcio Roberto Langer, destacou a importância da mobilização regional. “O Grito de Alerta é um símbolo da luta da agricultura familiar. Aqui, mostramos que o campo não está sozinho e que, unidos campo e cidade, podemos conquistar os avanços necessários para garantir a sustentabilidade das nossas propriedades e a qualidade de vida das nossas famílias”, afirmou.
Com informações do Correio do Povo