O Ministério da Saúde emitiu nota após Fausto Silva ser submetido a transplante de coração em São Paulo neste domingo (27/08). De acordo com a pasta, o apresentador teve prioridade para realizar o transplante devido à gravidade de seu caso.
Em entrevista ao GZH, a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Daniela Salomão, disse que Faustão tinha "cardiopatia isquêmica diagnosticada há muito tempo", bem como infarto, marcapasso e uma síndrome cardiorrenal. Esse quadro obrigou o comunicador a fazer hemodiálise, além de usar medicações para manter o batimento cardíaco.
A coordenadora-geral explica que o SNT funciona há quase 30 anos no Brasil e que já transplantou milhões de pessoas, sendo um mecanismo automatizado. Daniela lembra que a ferramenta utiliza informações técnicas para apontar para qual paciente determinado órgão deve ir.
Leia a nota do Ministério da Saúde:
Ministério da Saúde informa que, na última semana, entre 19 e 26 de agosto, foram realizados 11 transplantes de coração no país, sendo sete no estado de São Paulo, unidade da federação com maior volume de transplantes. Neste domingo (27), mais um paciente na capital paulista foi contemplado com um transplante cardíaco, neste caso, também priorizado na fila de espera em razão de seu estado muito grave de saúde - o apresentador Fausto Silva. Ele recebeu um coração após constatada a compatibilidade necessária para o procedimento, assim como os outros sete transplantados.
No primeiro semestre de 2023 foram realizados 206 transplantes de coração no Brasil, o que representa aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado.
A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. A lista de espera por um órgão funciona baseada em critérios técnicos, em que tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados. Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.
O Brasil tem o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, que assegura que cirurgias de alta complexidade sejam realizadas para pacientes da rede pública e privada, em situação de igualdade. Os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.