O presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou às 23h57min (horário de Brasília) desta quarta-feira (23) uma "operação especial" em Donbass, no leste da Ucrânia. O Ministério do Interior da Ucrânia confirmou a invasão, com relatos de tropas cruzando a fronteira e explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
— Tomei a decisão de uma operação militar — disse Putin em uma mensagem inesperada, na qual pediu aos militares ucranianos que "depusessem as armas". — Quem interferir levará a consequências nunca antes experimentadas na história — ameaçou Putin.
O presidente da Rússia afirmou que "todas as decisões já foram tomadas e que os russos precisam se preparar para mudanças nos próximos dias". Nos últimos dias, Putin vinha dizendo que ainda não havia decidido se, de fato, lançaria uma operação militar na Ucrânia, depois de, na semana passada, reconhecer a independência dos enclaves separatistas de Donetsk e Luhansk.
Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, havia alertado que a Rússia poderia invadir a Ucrânia "antes do fim da noite".
Em consequência da invasão russa, a Ucrânia decretou lei marcial. Milhares de ucranianos estão tentando fugir do país.
O presidente americano, Joe Biden, disse que falará nesta quinta-feira sobre as "consequências" para a Rússia. Ele se reunirá com seus colegas do G7, que também promete punir severamente Moscou.
Postado por Paulo Marques