Ladrões fazem reféns em assalto a loja de Palmeira das Missões

Um assalto a uma loja com reféns é atendido pela Brigada Militar nesta segunda-feira (7), em Palmeira das Missões, no Noroeste.

Segundo a BM, os dois assaltantes chegaram por volta do meio-dia, quando a loja, na Avenida Independência, estava fechando para o almoço. A dupla anunciou o roubo e fez inicialmente oito reféns, incluindo a proprietária, segundo informação da Rádio Palmeira.  

Uma mulher grávida que também estava no estabelecimento comercial acabou sendo liberada logo no começo da ação. A gestante passa por atendimento médico no Hospital de Caridade. Outro refém também foi libertado.

Um negociador da BM de Cruz Alta se deslocou até Palmeira das Missões para intermediar a rendição dos assaltantes. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) também foi acionado. 

— São dois elementos armados com armas curtas, do tipo revólver. Eles ligaram para a advogada deles, que está em Passo Fundo, e ela recebe os pedidos deles e repassa para o negociador da Brigada Militar — diz o coronel Carlos Augusto da Cruz Soares, comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) do Alto Jacuí. 

De acordo com o que foi reportado pela Rádio Palmeira, a advogada dos ladrões teria exigido a presença da imprensa para que seus clientes entregassem as armas. A quadra em torno da loja foi isolada para o trabalho da polícia.

A loja que foi atacada se chama Meluchinha. É um tradicional bazar da cidade que vende brinquedos, papelaria e utilidades. Fica em uma importante via de comércio de Palmeira das Missões, que tem 35 mil habitantes.

Transmissão ao vivo 
Uma das reféns tem feito transmissões ao vivo por rede social de dentro da loja. Em um momento, ela é orientada por uma voz masculina a explicar a situação. 

Ela diz que haveria quatro advogados da cidade para representar os assaltantes além de outra advogada que estaria chegando de um município vizinho. 

— O pessoal só quer sair e se entregar e está difícil. A gente está pedindo ajuda para a população, para a imprensa, para todo mundo...

— Na verdade, vai morrer todo mundo — diz uma voz masculina.

— Porque eles só querem sair daqui de dentro filmados para garantir que a polícia não vai dar tiros e acabar matando nós e colocar a culpa neles. Ou acabar matando eles — prossegue a mulher. — A gente precisa da ajuda de vocês ou a gente não vai sair daqui. 

— Vivos, não vão sair vivos, vão sair todos mortos — interrompe o homem, que não aparece nas imagens.

— Pelo amor de Deus, nos ajudem — finaliza.

Reportagem em atualização.

Postado por Paulo Marques