Horário sem programação!

Saúde

São Vicente afirma que novo valor a ser repassado pela Prefeitura é suficiente para manter Emergência

São Vicente afirma que novo valor a ser repassado pela Prefeitura é suficiente para manter Emergência
  • 30/09/2021 - 14:03
  • Atualizado 30/09/2021 - 16:15

O diretor-administrativo do Hospital São Vicente de Paulo, Igor Prestes, afirmou em entrevista à Rádio Colonial na manhã desta quinta-feira (30/09) que o valor acordado com a Prefeitura de Três de Maio em Termo de Compromisso celebrado ontem (29/09) será suficiente para manter a Unidade de Urgência e Emergência da instituição. O documento foi assinado e pelo Prefeito de Três de Maio, Marcos Corso, e agora será levado ao conhecimento do Ministério Público Estadual (MPE), que intermediou a negociação entre as partes.

No dia três de outubro, instituição hospitalar havia anunciado o encerramento das atividades na Emergência em razão da falta de médicos plantonistas e dos sobreavisos das especialidades. Os profissionais pediram desligamento da instituição por causa dos constantes atrasos no pagamento dos honorários, principalmente nos valores relativos a julho, agosto e setembro.

Prestes não divulgou o novo valor que será repassado pelo município a título de incentivo financeiro para custear as despesas com a Emergência, durante a entrevista de hoje, mas ele garantiu assim que o MPE confeccionar o Termo de Ajustamento de Conduta entre a instituição e a Prefeitura, o valor será anunciado, até porque tratam-se de recursos públicos.

Ele agradeceu o prefeito Corso, que segundo ele se sensibilizou com a situação do hospital, e o vice-prefeito, Josias Correa, que desde o início do impasse se mostrou preocupado com o possível fechamento da unidade.

O gestor hospitalar contou também que recebeu ontem a visita da secretária adjunta da Saúde do Rio Grande do Sul, Ana Costa, a qual solicitou encarecidamente que o São Vicente revisse a decisão de desativar a Emergência. Em nome do governador Eduardo Leite, ela destacou a importância do São Vicente para a região e destacou que o Estado estava aberto ao diálogo para a construção de novas possibilidades de oferta de serviços para que o hospital possa incrementar suas receitas.

Segundo Prestes, os valores repassados mensalmente pelo Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde e Município não cobrem o custo mensal da Emergência, que chega a R$ 400 mil. Isto obrigou a Rede Verzeri, mantenedora do hospital, a bancar a diferença de R$ 250 mil por mês entre receitas e despesas com recursos próprios.

- Para a comunidade entender, o Estado vai repassar como incentivo R$ 70 mil a partir de outubro para o hospital custear a Emergência, exigindo um clínico geral em tempo integral, equipe de enfermagem e um cirurgião de sobreaviso. Esse valor é insuficiente. Eu preciso contar ainda com um anestesista. De onde vem este recurso que falta? A mantenedora não pode mais continuar arcando com esse ônus – explicou Prestes.

Em Carta Aberta a População, a instituição, que pertence a Congregação das Irmãs Filhas do Sagrado Coração de Jesus, disse que nos últimos seis anos foi obrigada a remanejar recursos de escolas e outros hospitais da rede e até a vender patrimônio para cobrir o rombo nas contas do hospital.

A respeito do novo Programa Portas Abertas do Governo do Estado, Igor Prestes disse que o hospital terá um incremento de R$ 3,5 milhões, porém estes valores se referem a compra de serviços que serão prestados pela instituição, ou seja, não poderão ser utilizados para custear a Emergência.

Esclareceu ainda que a ampla maioria das Emendas Parlamentares liberadas para o hospital são destinadas para fins específicos, como a aquisição de equipamentos, e não podem ser utilizadas para fluxo de caixa.

Prestes entregou um dossiê com os valores que entraram e saíram do caixa do hospital nos últimos anos.

Sobre críticas feitas ao atendimento na Emergência, o diretor–administrativo reconheceu que algumas coisas devem ser melhoradas, porém, explicou que os protocolos de atendimento humanizado determinados pelo Ministério da Saúde já são seguidos pela instituição. Os pacientes são atendidos de acordo com a classificação de risco, previsto no Sistema de Triagem de Manchester.

Fonte: Redação