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Aos 13 anos de idade, Rayssa Leal, a Fadinha, fatura a medalha de prata no skate street feminino em Tóquio

Atleta de Imperatriz (MA) faz história nas Olimpíadas como a mais jovem medalhista brasileira

Aos 13 anos de idade, Rayssa Leal, a Fadinha, fatura a medalha de prata no skate street feminino em Tóquio
Rayssa emocionou as concorrentes com sua conquista, mostrando um skate de alto nível - JEFF PACHOUD / AFP
  • 26/07/2021 - 05:40

A atleta olímpica mais jovem da história do Brasil, a skatista maranhense Rayssa Leal, de 13 anos, tornou-se também a medalhista mais jovem do país nos jogos. Ela garantiu a medalha de prata na categoria street skate feminino das Olimpíadas de Tóquio, em final realizada nas primeiras horas da madrugada dessa segunda-feira (26), início da tarde no Japão.

— Eu estou muito feliz porque pude representar as meninas, tanto a Pâmela e a Letícia, que não se classificaram para a final, como todas as meninas do skate do Brasil. E por poder realizar o sonho de estar aqui e de ganhar uma medalha. É muito gratificante pra mim realizar meu sonho e o sonho dos meus pais — disse a menina.

Com a pontuação de 14.64, a garota apelidada de "fadinha" garantiu ao país a medalha de prata. O ouro ficou com a japonesa Momiji Nishiya, outra garota de 13 anos, que teve um score de 15.26. O terceiro lugar também ficou no país sede da competição, nas mãos da também japonesa Funa Nakayama, que pontuou 14.49.  

Atual vice-líder do ranking mundial, Rayssa, que havia alcançado o terceiro lugar na fase classificatória, não se intimidou diante das adversárias mais experientes e deu show no Ariake Urban Sports Park com manobras espetaculares. O skate está fazendo a sua estreia no programa olímpico. Após a prata, a maranhense chorou muito com o feito gigantesco que acabara de alcançar.

Chamaram atenção a calma e o desempenho de Rayssa, que em alguns momentos foi vista dançando relaxada na pista. Bastante inspirada, ela foi derrubando as rivais ao longo das baterias até conquistar o seu lugar no pódio entre duas japonesas. 

Mais cedo, na etapa classificatória, as companheiras de time Brasil Letícia Bufoni e Pâmela Rosa não conseguiram vaga entre as oito melhores e ficaram de fora da final. As skatistas terminaram a disputa na nona e na décima posição, respectivamente. 

Pelas redes sociais, Pâmela agradeceu à torcida pelo apoio e informou que participou da competição lesionada, vítima de uma torção no tornozelo esquerdo ainda durante a preparação. Já Letícia informou, em entrevista à Rádio Gaúcha, que calculou mal a estratégia para a última manobra, escolhendo uma de pontuação mais baixa, e acabou ficando de fora.

No dia anterior, Kelvin Hoefler havia ficado também com a prata no street masculino.

Fenômeno do skate

A pequena Rayssa, nascida em Imperatriz, no Maranhão, é um verdadeiro fenômeno do esporte. Desde 2018, com apenas 11 anos, já integra a seleção brasileira e é vista como uma das melhores do mundo na categoria street, dona de um talento raro.

A primeira vez que ela subiu em cima de um skate foi aos 6 anos, quando seus pais lhe deram o equipamento de presente. Um ano depois, já estava competindo. O mais impressionante é que ela aprendeu tudo por conta própria, sozinha. A garota assista a vídeos dos seus ídolos no celular e depois ficava repetindo insistentemente as manobras.

Aos 9 anos, Rayssa já não competia mais entre as crianças para disputar campeonatos na categoria geral. Passou, então, a levar uma vida de "adulta", treinando três horas todos os dias. Tanto esforço deu certo e agora a pequena Rayssa Leal é medalhista olímpica.

Postado por Paulo Marques

Fonte: GZH