O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou o caminhoneiro de 36 anos que arrastou uma moto por 32 quilômetros na BR-101 entre Itajaí e Balneário Camboriú por homicídio com dolo eventual de Sandra Aparecida Pereira, de 47 anos, e por tentativa de homicídio triplamente qualificado do marido dela, Anderson Antônio Pereira, de 49. A informação foi confirmada esta semana pelo MPSC. O denunciado segue preso em Itajaí, no Vale. As informações são do G1.
O casal estava na motocicleta arrastada. Anderson precisou escalar a cabine da carreta e se pendurar na porta até que o caminhoneiro parasse o veículo. A mulher dele caiu na rodovia, foi socorrida e internada, mas morreu no hospital.
A denúncia foi feita em 10 de março pela promotora de Justiça Cristina Balceiro de Motta. O poder judiciário recebeu o documento, mas não informou detalhes sobre a tramitação. O motorista já havia sido indiciado pela Polícia Civil por tentativa de homicídio.
Segundo a promotora, na denúncia o motorista do caminhão assumiu o risco (dolo eventual) "de matar qualquer das pessoas que cruzassem seu caminho" e acabou vitimando de fato a passageira da moto, Sandra Aparecida.
"Consta nos autos indícios de que o homem consumiu cocaína e rebite (derivado da anfetamina). Ele não dormia há dias, e assim agiu no intuito de terminar a viagem e entregar a carga em menos tempo. Então, ao agir dessa forma, assumiu o risco (dolo eventual) de matar qualquer das pessoas que cruzassem seu caminho. Além disso, há testemunhas que relataram que ele conduzia o caminhão em velocidade excessiva e de forma perigosa, o que corrobora o dolo eventual", informou a promotora.