Caminhoneiros autônomos de todo o País marcaram uma nova assembleia, sem ainda data definida, para tentar angariar apoio e definir as pautas de uma nova greve nacional que vem sendo articulada pela categoria para o dia 1º de fevereiro.
A categoria cobra do governo o piso mínimo do frete e reclama contra a política de preços de combustíveis da Petrobrás. Os caminhoneiros querem que o preço do diesel seja reajustado somente uma vez por ano ou, no mínimo, a cada seis meses
O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) manteve a convocação para a greve em 1º de fevereiro. O presidente da entidade, Plínio Dias, afirmou que a definição da pauta é importante para colocar na mesa e ser chamado para diálogo com os órgãos responsáveis.
As diversas associações e sindicatos que representam a categoria, no entanto, estão divididas. As últimas tentativas de greve justamente não vingaram por rachas entre as diversas entidades representativas. O governo federal aposta justamente nessa divisão para tentar desmobilizar a greve.
Junior Almeida, presidente do Sindicam, diz que muitos caminhoneiros estão passando por dificuldades e não vão aderir a esta paralisação.
Em grupos fechados de WhatsApp, os motoristas divergem sobre o tema.
O interlocutor da categoria no governo tem sido o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
A alta do diesel foi o que desencadeou na paralisação de 2018, ainda no governo de Michel Temer. A greve durou 10 dias. Interrompeu o fornecimento de combustíveis, a distribuição de alimentos e insumos médicos. Houve prejuízos na casa de R$ 15 bilhões em diversos setores econômicos.