A Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo realizam nesta quarta-feira (25) uma operação contra o tráfico e a exploração sexual de crianças.
São cumpridos dois mandados de prisão, um em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e outro em uma cidade do Rio Grande do Sul, além de 219 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Em Três de Maio, o setor de investigação da Polícia Civil sob a coordenação do delegado João Vittório Barbato, cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de um homem. No local, foram apreendidos um notebook, um aparelho celular e pen drive.
Segundo o delegado Barbato, em entrevista na Rádio Colonial Fm, os equipamentos estão sendo analisados e dependendo do conteúdo encontrado, a investigação irá prosseguir.
O delegado ressalta a importância quanto a material de senas de sexo, seja fotos ou vídeos infantis, para as pessoas não mantenham armazenados em seus aparelhos de celular, notebooks e outros, o que já configura crime de pedofelia. Sabendo da origem, é importante a denúncia junto a DP.
No Rio Grande do Sul, a ação foi desenvolvida em Porto Alegre, Gravataí, Pelotas, Rio Grande, Santa Rosa, Frederico Westphalen, Soledade e Carazinho. Na Região Noroeste, a Polícia Civil também cumpriu mandado de busca em Santa Rosa, onde foi apreendido um aparelho de celular.
A operação “Black Dolphin”
Segundo a polícia, a ação, denominada "Black Dolphin", começou em 2018, quando os policiais descobriram um homem que pretendia vender a sobrinha para criminosos na Rússia.
Ainda de acordo com as investigações, o plano dele era levar a criança para a Disney da Europa e entregá-la aos criminosos na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque.
A partir desse suspeito, os policiais começaram a monitorar a deep web, e descobriram uma rede de predadores sexuais, principalmente infanto-juvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual.