A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS) encaminhou um ofício à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) pedindo cinco medidas de apoio para atenuar os efeitos da estiagem do Noroeste do Estado para os agricultores familiares.
O texto relata que a falta de chuvas expressivas afetou o trigo semeado “no tarde”, as pastagens nativas e cultivadas e o milho plantado no início de setembro, que perdeu produtividade e não está condições de ser usado como silagem.
Entre as reivindicações, o presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva, destaca a de um projeto que viabilize a armazenagem de água.
- Nós temos o programa estadual Mais Água, Mais Renda, que na prática não funcionou porque não se aplica às propriedades menores - explica.
O dirigente entende que as ações precisam estar acessíveis a estabelecimento de todos os tamanhos e não restritas à construção de açudes para preservação hídrica.
- Canalizar uma vertente e fazer um bebedouro são exemplos possíveis de armazenar água em pequenas e médias propriedades - sugere.
O diretor do Departamento de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Seapdr, Ivan Bonetti, adianta que deve ser lançado até o fim do ano um programa de irrigação reformulado que vai contemplar a reivindicação da Fetag e outras entidades.
Os demais pedidos apresentados são a antecipação do programa de forrageiras para fevereiro de 2021, criação de uma Câmara Setorial de Crédito Rural, apoio às propostas da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar e reforço à reivindicação de melhorias no Programa de Vendas de Milho em Balcão executado pela Conab no Estado.