A Justiça determinou nesta sexta-feira (3) o afastamento de seis funcionários do Hospital de Caridade de Ijuí. Segundo o delegado da Polícia Civil, Tiago Baldin, o afastamento foi pedido para garantir o andamento da investigação. As informações são da Rádio Gaúcha.
Os nomes não foram divulgados, pois o processo corre em segredo de Justiça.
A Polícia Civil apura as circunstâncias em que medicamentos de tratamento contra o câncer roubados em Minas Gerais foram parar no Hospital de Ijuí. Dos três lotes roubados, dois estavam no hospital, informou a polícia.
Foram apreendidas cem caixas de medicamento e uma nota fiscal no valor de R$ 609 mil. Cada ampola, de acordo com Baldin, custa R$ 9 mil. A carga do caminhão estava avaliada em R$ 1 milhão.
Desde a prisão de dois envolvidos, os agentes descobriram que funcionários e testemunhas estavam sendo ameaçadas para mentirem em depoimento.
— Chegaram informações de constrangimento, coação e ameaça para que funcionários não falassem o que sabiam ou que alterassem depoimento — disse Baldin.
Em nota, o hospital afirma que está cumprindo a decisão e que os funcionários foram afastados.
Confira a íntegra da nota
"A Diretoria da Associação Hospital de Caridade Ijuí tendo sido intimada da decisão judicial que, cautelarmente, determinou o afastamento do Sr. Presidente e alguns colaboradores imediatamente cumpriu tal decisão.
Em cumprimento às regras estatutárias, tomou todas as medidas cabíveis, visando a garantia dos atendimentos médico-hospitalares.
Ao mesmo tempo, serenamente aguarda as conclusões das investigações, mantendo-se focada na normalidade de suas atividades cumprindo a missão que lhe é confiada pela Sociedade Regional e se mantém à disposição das autoridades.
Diretoria da Associação Hospital de Caridade Ijuí."