Gerente da Corsan convida usuários para conhecerem sistema de tratamento de água

O gerente da Corsan acredita que muitas das críticas que a empresa vem recebendo, principalmente nas redes sociais, não se justificam e são feitas porque o consumidor desconhece como funciona o sistema de captação, tratamento e distribuição de água da companhia em Três de Maio.

Em entrevista na Colonial FM, semana passada, Miguel Lugoch convidou os usuários que tiverem interesse a conhecer como é feita a retirada da água bruta no Rio Buricá, o bombeamento até a Estação de Tratamento de Água na Avenida Santa Rosa, o processo de tratamento da água e a distribuição para as unidades consumidoras residenciais e empresariais. 

- As sugestões dos consumidores são muito importantes, porém, as coisas não são tão simples de se resolver como se pensa. Convido aos interessados que venham conhecer a Corsan. Teremos prazer em acompanhá-los até a captação de água em Lajeado Biriva para que eles conheçam na prática como é feito o serviço – destacou Lugoch.

Ele explicou que a instalação de um gerador de energia, apontada como solução para as constantes faltas de energia elétrica no recalque de captação de água, exigiria um investimento muito alto da Corsan. Isto porque, segundo o gerente, somente os três motores que fazem o bombeamento tem 600 CV’s de potência, sem contar a energia necessária para o funcionamento dos quadros de comando. 

A companhia estima que a aquisição de um gerador com força suficiente para bombear a água pelos canos do rio até a estação e vencer o desnível de 200m que existe neste caminho e mais as adequações que seriam necessárias na atual estrutura exigiriam um investimento em torno de R$ 1 milhão. Devido ao alto valor, neste momento, o investimento está fora de cogitação. Ele também explica que um equipamento com este valor também não poderia ser simplesmente deixado no local permanentemente para ser utilizado de vez em quando. 

Lugoch revelou que a diretoria da Corsan esteve reunida recentemente com os executivos da RGE, concessionária responsável pelo fornecimento de energia. Na oportunidade, foi cobrado uma maior agilidade da RGE no atendimento emergencial quando faltar energia no recalque de captação de água. 

O gerente também sugeriu que quem tiver condições instale caixas de água em casa para evitar o desabastecimento.