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com PAULO MARQUES - Jornalista Reg. Prof. MTE-16408

Geral

Porto Mauá sediou mais uma reunião de questionamento da implantação das hidrelétricas

 Porto Mauá sediou mais uma reunião de questionamento da implantação das hidrelétricas
MAB RS
  • 08/11/2019 - 14:17
Em Seminário Binacional entre Brasil e Argentina, ameaçados e ameaçadas pelo Complexo Hidrelétrico Binacional Garabi-Panambi, nessa terça-feira (05) se reuniram em Porto Mauá/RS, para questionar a implantação deste projeto, que afetará profundamente a natureza e a vida milhares de pessoas no sul do Brasil e na Argentina.
Em sua página no facebook, o Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB RS postou:
“No Rio Uruguai, já existem sete grandes hidrelétricas construídas gerando energia e, agora, querem barrar a última trincheira que se encontra livre, sem consultar as populações que vivem neste lugar.
Este empreendimento reflete uma sociedade injusta e desigual, em que nossos territórios estão sendo saqueados, nossos direitos violados e nossas lutas criminalizadas.
Assim, denunciamos todas as violações de direitos humanos que vem ocorrendo com as populações ameaçadas por esse projeto, em especial o direito à informação e à participação.
Propomos fortalecer nossa unidade com os Hermanos Argentinos para continuarmos dizendo NÃO A GARABI/PANAMBI, fortalecer a unidade com todas as organizações que lutam em defesa da água, dos rios e da vida!
Denunciamos a revogação do decreto Nº 51.595/14 pelo Governado Eduardo Leite do PSDB, exigimos esclarecimento sobre tal decisão sem consultar os sujeitos envolvidos. Esse decreto foi conquistado pela luta das populações atingidas de todo o estado do Rio Grande do Sul.
Águas para vida, não para morte!
Água e energia com soberania, distribuição da riqueza e controle popular!”
Na avaliação dos organizadores, as promessas de geração de riqueza e de desenvolvimento dos territórios afetados por barragens já se provaram falsas em todos os casos de construção de hidrelétricas. Para as regiões atingidas, fica o descaso, os impactos ambientais, sociais, econômicos, culturais e emocionais, ao passo que a riqueza gerada se concentra cada vez mais nas mãos de poucos.
O seminário é um marco da união entre os dois países, na resistência contra esses projetos, em que se afirmará a importância da organização das populações ameaçadas e de entidades que lutam em defesa do povo.
Postado por Paulo Marques
Fonte: MAB RS