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EXPRESSO 94

com ELISIANE LUDWIG

Geral

Porto Mauá sediou mais uma reunião de questionamento da implantação das hidrelétricas

 Porto Mauá sediou mais uma reunião de questionamento da implantação das hidrelétricas
MAB RS
  • 08/11/2019 - 14:17
Em Seminário Binacional entre Brasil e Argentina, ameaçados e ameaçadas pelo Complexo Hidrelétrico Binacional Garabi-Panambi, nessa terça-feira (05) se reuniram em Porto Mauá/RS, para questionar a implantação deste projeto, que afetará profundamente a natureza e a vida milhares de pessoas no sul do Brasil e na Argentina.
Em sua página no facebook, o Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB RS postou:
“No Rio Uruguai, já existem sete grandes hidrelétricas construídas gerando energia e, agora, querem barrar a última trincheira que se encontra livre, sem consultar as populações que vivem neste lugar.
Este empreendimento reflete uma sociedade injusta e desigual, em que nossos territórios estão sendo saqueados, nossos direitos violados e nossas lutas criminalizadas.
Assim, denunciamos todas as violações de direitos humanos que vem ocorrendo com as populações ameaçadas por esse projeto, em especial o direito à informação e à participação.
Propomos fortalecer nossa unidade com os Hermanos Argentinos para continuarmos dizendo NÃO A GARABI/PANAMBI, fortalecer a unidade com todas as organizações que lutam em defesa da água, dos rios e da vida!
Denunciamos a revogação do decreto Nº 51.595/14 pelo Governado Eduardo Leite do PSDB, exigimos esclarecimento sobre tal decisão sem consultar os sujeitos envolvidos. Esse decreto foi conquistado pela luta das populações atingidas de todo o estado do Rio Grande do Sul.
Águas para vida, não para morte!
Água e energia com soberania, distribuição da riqueza e controle popular!”
Na avaliação dos organizadores, as promessas de geração de riqueza e de desenvolvimento dos territórios afetados por barragens já se provaram falsas em todos os casos de construção de hidrelétricas. Para as regiões atingidas, fica o descaso, os impactos ambientais, sociais, econômicos, culturais e emocionais, ao passo que a riqueza gerada se concentra cada vez mais nas mãos de poucos.
O seminário é um marco da união entre os dois países, na resistência contra esses projetos, em que se afirmará a importância da organização das populações ameaçadas e de entidades que lutam em defesa do povo.
Postado por Paulo Marques
Fonte: MAB RS