O Setembro Amarelo é uma campanha voltada para a prevenção do suicídio. O mês foi escolhido em razão do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, celebrado em 10 de setembro.
O Setembro Amarelo foi criado pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A cor amarela, segundo o site do CVV, representa a vida, a luz e o sol, simbolismo que reflete a proposta da campanha de preservar a vida.
Segundo a OMS, mais de 90% dos casos de suicídio estão associados a distúrbios mentais e, portanto, podem ser evitados se as causas forem tratadas corretamente.
No Brasil, 32 brasileiros tiram a própria vida por dia, o equivalente a uma pessoa a cada 45 minutos. No mundo, ocorre um suicídio a cada 40 segundos. Por isso, ações preventivas são fundamentais para reverter essa situação.
Conforme as voluntárias do Posto do CVV em Três de Maio, Cláudia Demo e Jacira Taborda, a entidade aposta na educação e na conversa aberta sobre suicídio. Em entrevista na Colonial FM na manhã desta sexta-feira-feira, elas afirmaram que é preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações.
As voluntárias explicam que quem se mata, na realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável e interminável. Assim, ao falar abertamente sobre o assunto, quem está ao redor dela pode perceber os sinais.
Alguns comportamentos, como isolamento, deixar de sair com os amigos, demonstrar tristeza por muito tempo ou ter alterações expressivas no humor podem indicar que pessoas próximas precisam de ajuda.
O CVV oferece apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio do telefone 188 e também por chat, e-mail. O serviço é gratuito e funciona 24 horas por dia.
Conforme a coordenadora do Posto local, Cláudia Demo, os voluntários do centro recebem treinamento para saber como conversar com as pessoas nessa situação, porém, todos podem ajudar de alguma forma.
O principal é ouvir, acolher e nunca julgar os sentimentos do outro. A partir daí, vale incentivar a busca por ajuda profissional.
- A gente pensa que sabe ouvir, mas não sabe. É preciso escutar o outro de forma solidária e fraterna, sem fazer julgamentos. Em outras palavras, precisamos a aprender a escutar com o coração – afirma Cláudia.