A direção da Fetag/RS levou uma lista de reivindicações da agricultura familiar ao governo do Estado na segunda-feira (15). Esta foi a primeira vez em que a entidade conseguiu se reunir com o governador Eduardo Leite.
No encontro, no Palácio Piratini, o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva, enfatizou a necessidade de o governo trabalhar para a liberação de recursos a fim de que os programas que beneficiam os agricultores familiares, como o Troca-Troca de sementes de milho e forrageiras, se concretizem.
- Precisamos de mais pessoal, mais estrutura e agilidade – reivindicou Silva.
Outra solicitação refere-se ao Programa Estadual da Agroindústria Familiar. A queixa é que o programa hoje está voltado basicamente à organização de feiras e não ao incentivo à regularização dos espaços e abertura de novas agroindústrias.
O dirigente da Fetag pediu ainda que o governo libere valores referentes ao Mais Água, Mais Renda, programa de irrigação. Pela lei, o governo teria que devolver a primeira e a última parcelas do contrato pagas.
Silva cobrou ainda que o governo solucione as pendências referentes às prestações de contas do Instituto Brasileiro do Vinho e do Instituto Gaúcho do Leite, após apontamentos de irregularidades pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). Sem que as contas estejam em dia, a Secretaria Estadual da Agricultura fica impedida de liberar os valores dos fundos aos institutos.
O secretário da Agricultura, Covatti Filho, disse que está remanejando pessoal para atender todas as áreas, mas reconheceu que o aumento do quadro de funcionários para dar mais agilidade às demandas é improvável por conta da crise. Para as agroindústrias, destacou que a secretaria está destravando o contingenciamento do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper).