A semana que passou foi marcada por tempo chuvoso, impossibilitando a implantação do trigo, aponta o mais recente Informativo Conjuntural da Emater-RS/Ascar. Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, foi retomada a dessecação de algumas lavouras no final de semana, sendo necessário o uso sequencial de herbicida, devido à germinação de azevém e aveia nas áreas destinadas ao cultivo do cereal.
Nas áreas anteriormente implantadas, há boa emergência (fase logo após a germinação). As plantas melhoram o aspecto visual com a diminuição das precipitações e com a melhor luminosidade ocorridas no fim de semana.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, aumentou em um ponto percentual a área plantada, chegando a 9% do total estimado para esta safra. Nessas áreas, a cultura apresenta dificuldade de germinação e emergência em função da pouca luminosidade. As condições ambientais até o momento prejudicaram o desenvolvimento da cultura, aponta o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira (6/6).
Mesmo assim, está sendo esperada uma produtividade de cerca de 3 mil toneladas por hectare. Produtores das Missões aguardam a presença de sol para fazer a dessecação das lavouras e entrar com a semeadura da cultura. As lavouras implantadas apresentam pouco crescimento em razão da baixa luminosidade e do encharcamento do solo, principalmente em áreas de encostas e baixadas com maior acúmulo de água, onde já é observado o amarelecimento severo das plantas.
Os produtores de cevada, por sua vez, aguardam condições ideais de umidade do solo para dar continuidade à semeadura. A semana que passou não foi favorável. Nas lavouras já implantadas, há boa emergência (fase após a germinação) de plantas.
Os produtores do Estado ainda estão em tratativas com a empresa compradora para definir o tamanho da área a ser cultivada, com contratos pré-firmados de preços, variando de R$ 28,00 a R$ 60,00/saca, conforme a classificação, que contempla o aproveitamento dos grãos para diferentes finalidades, desde o processamento para ração animal até a produção de malte.
A alta umidade do solo provocou atraso na implantação da canola e no manejo de ervas na cultura. Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, o desenvolvimento inicial da cultura é lento, e as lavouras apresentam elevado ataque de lesmas, levando à necessidade de controle em áreas pontuais.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, já foram plantados 77% da área prevista, em fase de germinação e desenvolvimento inicial. Algumas lavouras implantadas precocemente estão em florescimento (7%). Devido ao atraso na semeadura e às previsões climatológicas, pode haver redução da área inicialmente esperada para a oleaginosa.
Algumas áreas estão apresentando morte de plantas nas áreas mais úmidas, o que provoca falta de uniformidade nas lavouras, principalmente se as condições climáticas persistirem. Com a volta do clima seco, a tendência é de melhoria das condições sanitárias e de desenvolvimento da canola, inclusive potencializando o início da floração.