Suspeito da morte de adolescente em Catuípe é transferido para hospital de Porto Alegre

O suspeito de matar a adolescente Maria Eduarda Zambom, 15 anos, em Catuípe, no Noroeste do Rio Grande do Sul, foi transferido na manhã desta terça-feira (9) para um hospital em Porto Alegre, segundo informou a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe).

A medida foi um pedido do órgão de segurança, atendido pela Justiça. O homem, de 52 anos, é o motorista escolar que levava Maria Eduarda para a escola.

Conforme o delegado do caso, Gustavo Arais, no fim da tarde de segunda-feira (8), o suspeito, que está sob custódia e tem mandado de prisão expedido pela Justiça, saiu da UTI do Hospital de Ijuí, onde foi internado no dia do crime, com ferimentos no pescoço e no peito.

A polícia foi até o quarto, interrogar o homem, mas como explica o delegado, ele não consegue falar, e nem escrever. "Conforme o médico, ele está com complicações nas cordas vocais e com alguns aparelhos na traqueia", resume o delegado. "A gente percebeu a dificuldade dele para respirar". O suspeito também não conseguia escrever.

O delegado ainda diz que a equipe médica informou que ele não tem previsão de alta, e nem de quando vai poder se comunicar. O suspeito, cujo nome não é informado pela polícia, tem mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.

Relembre o crime

Maria Eduarda foi considerada desaparecida após embarcar no carro particular do suspeito, que deveria buscá-la de ônibus ou kombi, na manhã de 29 de março. No dia seguinte, o corpo dela foi encontrado com sinais de asfixia, segundo a polícia. O homem foi hospitalizado com ferimentos no pescoço e no peito.

A investigação encaminhou perícias no telefone celular e na blusa de Maria Eduarda e em pertences do suspeito, para detectar a presença de material genético dos dois, e aguarda resultados da perícia.

Conforme a investigação, a prática de levar a estudante no carro particular do motorista, e não de ônibus ou kombi, à escola, acontecia eventualmente conforme apuração policial. Para a polícia, trata-se de ato "absurdo e ilegal".

A avó de Maria Eduarda relatou à polícia que a garota dizia ter medo do suspeito, e que ele tinha tentado passar a mão em seus cabelos.

O suspeito é investigado por homicídio, estupro e ocultação de cadáver. A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado.

Postado por Paulo Marques